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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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NOTAS SOBRE A EVOLUCAO DA M ICOLOGIA EXPERIMENTAL<br />

N0 BRASIL<br />

ISAIASPD SOW I<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sïo Paulo<br />

A psicolo#a experimental, lflz sensu existe no Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a lm ima década<br />

do sdculo XVlII, quando se 1: no pafs a Mediztlon n eolögica, obra <strong>de</strong> Francisco <strong>de</strong><br />

Melo Franco publicada em 1794. t 1tm texto aparentemente moralista, rico <strong>de</strong> ironia,<br />

autfntico tratado <strong>de</strong> psicofisiologa das emoçœs e <strong>de</strong> medidna psicossomética, voltado<br />

para a explicaw o natm alista e <strong>de</strong>terminista do comportamento humano. E por ter essa<br />

orientaçIo,<br />

é que' se m <strong>de</strong> ver nessa obra um marco da adtu<strong>de</strong> exm rimentalista por<br />

oposiçâo às posturas dopniticas que dominavam a produwo escrita do Brasil colonial<br />

em assuntos <strong>de</strong> interesse psicolögico.<br />

A obra, proibida, <strong>de</strong> Melo Franco expöe lzma concepçâo organidsta <strong>de</strong> vida<br />

. moral e <strong>de</strong> funlo terapdutica <strong>de</strong> confissfo. Nela se sugere que os confessores se portem<br />

como mëdicos <strong>de</strong> sem mnitentes e nro como jufas diante <strong>de</strong> rdus.<br />

Outro texto <strong>de</strong> alto nfvel ë Elementos <strong>de</strong> Hy#ene ou Ditames teoreticos e<br />

pdticos para conser- a saû<strong>de</strong> e molongar a vida (1813), também obra do poldmico<br />

Frandsco <strong>de</strong> Mello Franco, que aqui mantdm seu empirismo organicista num tratado<br />

brgbnnte sobre teoria psicossomâtica, psicofisiologé, psicopatologa e pgcoterapia.<br />

Nessas obras e em outras do século XVIII, ao lado das precursöes luminosr<br />

que alguns autores com relaçâo à psicologa convencional ulterior nota-se uma forte<br />

inludncia i<strong>de</strong>olö#ca dos mo<strong>de</strong>los europeus dominantes: o moralismo cristïo <strong>de</strong> feitio<br />

dvilizatôrio a resultar numa m dagoga racionvsta, e o naturalismo <strong>de</strong> matriz empirista,<br />

coroado m lo orgaicismo e m la enfase nas infludncias ambientais.<br />

A 'Tsicologa' brasileira <strong>de</strong>se perfodo prë institucional, mesmo quando voltada<br />

para as questöes sociais assume uma posiçâo dirigsta, iblminada, fécil <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r-se,<br />

diante da indigência cultural da populaçfo e da preocupaçâo conquistadora ou<br />

Vtequética da inteligdncia brasileira <strong>de</strong> entxo.<br />

Com a in<strong>de</strong>pendência polftica, proclamada em 1822, acelerou-se o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

cultural e-<strong>de</strong>ntfico do pafs e surgem instituiles <strong>de</strong>stinadas, ao lado das esco-<br />

1% <strong>de</strong> ensino bfsico, a impulsionar aquele <strong>de</strong>senvolvim ento. Para isso e tambdm para<br />

faa r frente a necessida<strong>de</strong>s sociais foram criadas em 1833 as faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina<br />

da Balzia e do Ikio <strong>de</strong> Janeiro. E nesas instituiçöeg e em escolas <strong>de</strong> formaWo do magstërio<br />

que se inida a formaçâo <strong>de</strong> 1zm saber psicolögico brasileiro em mol<strong>de</strong>s acaddrnicos.<br />

Comep o mrfodo institucional da Psicologa no Brasil. Os autores do novo perfodo<br />

t:m Wnculos ëtnicos, afetivos ou culturais com a popvlaçfo e diferem dos que es-<br />

e 7

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