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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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ABORDAGENS QUALITATIVM EM PSICOLOGIA DO<br />

DESENVOLVIM ENTO<br />

.<br />

ZIW A DEM ORAES RAMOS DE OLIVEIRA<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sâo Paulo<br />

A discussïo acerca <strong>de</strong> abordagens qualitativas em pesquisa tem sido cada vez<br />

mnis frequente n:o apenas nas ddndas humanas e sociais mas igunlmente nas chnmadas<br />

dtndas da Natureza. Para discutirmps o tema proposto, creio ser necesério, inicialmente,<br />

apresentar algtms pontos acerca <strong>de</strong> com o a questâb quantida<strong>de</strong> x qllqlida<strong>de</strong> esté<br />

sendo colocada hoje no domfnio da ci:ncia em geral, reladonandoes com algumas<br />

posiças teörico-metodolögcas contemporu eas em Psicologa do Desenvolvimento.<br />

Tomarem os, como elemento para reflexfo, a conferdncia do Prof. Boaventuh<br />

<strong>de</strong> Sonym Santos, da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, no Instituto <strong>de</strong> Estudos Avançados da<br />

U> . Segundo mntos (1988), o mo<strong>de</strong>lo que presi<strong>de</strong> a cidncia mo<strong>de</strong>rna nega o cariter<br />

<strong>de</strong> racionv da<strong>de</strong> a tod% as formas <strong>de</strong> conhecimento que nro se pautarem pelos seus<br />

princfpios epltemolô#cos e m las suas rep' as metodol#cas (p. 48). Historicamente,<br />

tal mo<strong>de</strong>lo constituiu-se a partir do racionalismo Knntiano, do empirismo baconiano,<br />

con<strong>de</strong>nsando-se no positivismo oitocentista (p. 52). O conhecimento cientfko, no<br />

paradin a vigente, constitui 1xm conhecimento que aspira a formulaçfo <strong>de</strong> leis à 1% <strong>de</strong><br />

regularida<strong>de</strong>s obàervadas, com vistas' a prever o comportamento futmo dos fenômenos.<br />

Privilega a causa formal, o como funcionam as coisu, em <strong>de</strong>tn'mento <strong>de</strong> qual o agente<br />

ou qual o flm àas coisas. Tem como pressuposto teörico as idëias <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m e <strong>de</strong> esta-<br />

bilida<strong>de</strong> do mundo, e <strong>de</strong> que o passado se rem te no futuro, tradtxmindo um a visfo <strong>de</strong><br />

mtmdo d eterrmmsta-mec ' ' ani cista<br />

(p. 51). Em tal mo<strong>de</strong>lo, conhecer signilca quantiûc,ar<br />

e o mdtodo cientffico assentaie na reduçfo da complexida<strong>de</strong> do fenômeno, dividindoo<br />

em elementos para po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>terminar relaçöes sistemo cas entre os mesmos.<br />

Segundo o Prof. Santos, o mo<strong>de</strong>lo mece cista foi assumido pelas ciências<br />

sociais em duas vertentes. Uma <strong>de</strong>clara nâo haver diferçnp qualitatiu entre fenômenos<br />

naturais e sociais, sendo que os ûltimos <strong>de</strong>veriam ser reduzidos às suas dimensöes<br />

externas, .observiveis e mensurâveis <strong>de</strong> modo a se obter 1tm conhecimento objetivo,<br />

explicativo e nomotëtico. Outra reivindica um estatuto epistemolögco e metobolö-<br />

#co pröprio, com base na especifkida<strong>de</strong> do ser hlmano e sua distinçïo em relaWo à<br />

na t ureM. D af<br />

advogar metodolo#as qlxnlitativas, ao invds <strong>de</strong> quantitativas, para<br />

obtenWo <strong>de</strong> 1lm conhedmento intersubjetivo, <strong>de</strong>scritivo e cpmpreensivo. Contudo,<br />

am sar <strong>de</strong> apontar alguns sinais <strong>de</strong> crise no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> cientfûca, a segunda<br />

vertente ainda partilbn <strong>de</strong> lma viuo mece cista (Santos, 1988, p. 53).<br />

A crise do paradim a dpminante ë o resuliado interativo <strong>de</strong> uma plmalida<strong>de</strong><br />

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