19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A FORM A DO INFO RM A L<br />

PETER V INK<br />

Fundaçâo Getëio Vargas,pucxv opaulo<br />

O tftulo <strong>de</strong>ste trabm o é em nada original. Criado mlo antropölogo jeremy<br />

Boisseve em 1974, a frase serve <strong>de</strong> referdncia para 11m marco histörico importante no<br />

estudo <strong>de</strong> fenômenos orgnnizativos: o reconhecimento <strong>de</strong> que form a é l1m assunto<br />

complexo <strong>de</strong> m ais para ser <strong>de</strong>ixado pam as palavras <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m que ninda m netram<br />

sutilmente llmn boa parte das ddncias sociais - indivfduo, F upo, organizaçâo, socieda<strong>de</strong>,<br />

estrutma form al e informal.<br />

Na ârea do 4v divfduo' em psicolo#a social temos, me parece, conseguido<br />

avançar razoavelmente bem tanto como resultado do trabm o conceitual sobre o N u'<br />

e o çmim'' do George a rbert Mead e a escola do interadonismo simbölico quanto<br />

com a retomada da nolo <strong>de</strong> representaçro por autores europeus como Moscovici.<br />

Porëm na érea <strong>de</strong> formas organizativas estnmos extremamente atrasados se comparado,<br />

por exemplo, com a antropolosa, on<strong>de</strong> os estudos pioneiros da escola <strong>de</strong> Manchester<br />

(Bames, Mitchel 1 , Bot e Gluca an) sobre re<strong>de</strong>s sociais no fmf da dëcada <strong>de</strong> cinquenta<br />

apontaram para o estudo da aWo enquanto forma em movimento em contraponto ao<br />

estudo da reproduWo t:o favorecido pelo funcionâliqmoestrutmal (1).<br />

Enqlmnto iso, na psicolosa social d normal, ainda hoje, encontrar trabnlhos e<br />

até livros sobre o töpico <strong>de</strong> ç'grupos'' que nem sequer oferecem ao leitor uma <strong>de</strong>finiçâo<br />

rudimentar do asstmto sobre o qual o contefldo trata. Assume-se, parece, que p upos<br />

sâb pupos e que todo m undo sabe o que sro. Comentirios iguais po<strong>de</strong>riam ser feitos<br />

sobre a famosa estrutma ç'informal' mesm o se em termos semM ticos isso fosse uma<br />

contradiçfo: d possfvel ter llma estnztlzra çsem forma'?<br />

Na medida em que a psicologa sodal se restringe ao estudo do m queno pupo<br />

entendido como um nu'mero fixo <strong>de</strong> pessoas, gernlmente menos do 10, em contato<br />

direto na execuç:o <strong>de</strong> uma tarefa concreta, po<strong>de</strong>-se argumentar prapnaticamente que<br />

nâb h; muitos problemas que <strong>de</strong>correm <strong>de</strong>sta miopia conceitual porque <strong>de</strong> 1lm lado a<br />

vida do laboratörio n:o atrapnlhou muito a vida <strong>de</strong> rlinguëm e, <strong>de</strong> outro i) grupo terapcutico<br />

precisava <strong>de</strong>sta visro fechada para estimular a regressâb, a projeçâo e a introje-<br />

Wo que sâb sua base necessfria para a interpretaçïo.<br />

A dificulda<strong>de</strong> emerge com a <strong>de</strong>scoberta da comlmida<strong>de</strong> com um foco <strong>de</strong> atua-<br />

Wo psicolögca seja <strong>de</strong> forma investigativa, m dagögica, <strong>de</strong> bem estar, grnmqcianamente<br />

ou <strong>de</strong> qualquer outro jeito que tenha como base a iddia <strong>de</strong> aç:o em vez <strong>de</strong> observaçâb.<br />

Como o linico conceito sobre apegados nxo organizacionais nos livros <strong>de</strong> textos se<br />

referiam ao ç'grupo', era e continua sendo comum ouvir <strong>de</strong> pessoas bem intendonadas<br />

379

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!