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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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que o psicölogo a reconhecesse e procurasse atendd-la na medida do possfvel. Nâb sendo<br />

assim, a avaliaçâo, com seu respectivo informe psicolö#co, segue seu curso natural,<br />

procuran d o respon <strong>de</strong>r questöes levantadas pelo pr' öprio cliente , além <strong>de</strong> , evi<strong>de</strong>ntemen-<br />

te, trap r 1zm retrato da personalida<strong>de</strong> em estudo. Este esquema sempre fm donou,<br />

excelo feita ao caso <strong>de</strong> lxm a menina <strong>de</strong> 12 anos, que apresentava dificulda<strong>de</strong>s escolares<br />

e <strong>de</strong> relacionamento social. Foi encnminhada ao V A por um a neuro-m diatra que,<br />

segundo <strong>de</strong>poimento da mre da criança, ao receber os resultados da avaliaçâo psicolö-<br />

#ca, mostrou-se insatisfeita, afirmando que nro era nada daquilo que estava querendo<br />

saber. Hâ <strong>de</strong> se convir que, para o psicôlogo, a situaçâb d, no m frlimo, <strong>de</strong>sconçertante.<br />

Em se tratando <strong>de</strong> criança e no V A da UFF, especfficamente, o motivo da<br />

consulta alegado m los pais chega a ser monötomo <strong>de</strong> tro repetitivo. Diflculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aprendizagem e <strong>de</strong>sadaptalo escolar constituem o cartâb <strong>de</strong> visitas, vez por outra<br />

complementado por apessivida<strong>de</strong>, sono astado ou ç<strong>de</strong>sligamento do mundo'. œ ssa<br />

maneira, a avaliaç:o da capadda<strong>de</strong> lntelectual toma-se importante como primeira<br />

medida diar östica. Por outro lado, as caracterfsticas södo-econômicas e culturais<br />

<strong>de</strong>ssas crianças pesam , e m uito, na minha <strong>de</strong>cisro <strong>de</strong> aplicar ou nâb testes <strong>de</strong> inteligéncia.<br />

Os critdrios <strong>de</strong> padronizaçâo e estabelecimento <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados instrumentos,<br />

garantem-me, <strong>de</strong> antemâo, que algumas crianças nxo lograzâb resultados satisfatörios,<br />

muito m ais em funçfo dos limites da tëcnica em si, do que das caracterfsticas<br />

das crianças. Felie ente, existem outras opçöes, algumas muito promisoras. Uma<br />

<strong>de</strong>las ë o . teste <strong>de</strong> Rorschach, que possibilita anâlise da qualida<strong>de</strong> das caracterfsticas<br />

intelectuais. Uma segunda opç:o, é a técnica do <strong>de</strong>senho, livre ou orientado. O <strong>de</strong>senho<br />

é um a ativida<strong>de</strong> muito bem aceita pela crianp e elicaz no estabelecimento da<br />

relaçâo psicôlogo-cliente. Fornece, tambëm , rico material para estudo da personalida<strong>de</strong>.<br />

Alëm disso, o' traçado e a estrutura do <strong>de</strong>senho guardam rilaçxo com o grau <strong>de</strong><br />

maturaçâb mental, fomecendo, pois, elementos para se aquilatar o nfvel intelectual.<br />

Um menino (i e 6 anos , tido pela famflia como t<strong>de</strong>sligado do mundo' e com alguma<br />

limitaçâo intelectual, fez 1xm <strong>de</strong>senho livre que nTo comprovou as informaçöes dos<br />

fsmiliares. Os resultados do teste <strong>de</strong> Rorschach coincidiram com o que o <strong>de</strong>senho<br />

livre j; indicara, aldm <strong>de</strong> mostrar qui wq dilculda<strong>de</strong>s fundamentais estavam alojadas<br />

na irea afetivoemocional.<br />

Em algtmd casos, pordm , m esmo a tdcnica do <strong>de</strong>senho, facilmente <strong>de</strong>senvolvida<br />

pela m aioria das crianças, mostra-se limitada. Cèmo exemplo, o caso <strong>de</strong> 1lm garoto<br />

<strong>de</strong> 9 anos, que nâb conseguiu se alfabetizar, sequer adaptar-se ao ambiente escolar. O<br />

primeiro contato foi muito diffcil, pois a criança limitou-se a fitar-me com olhar<br />

inekpresivo. Nâb respon<strong>de</strong>u às m rguntas, nTo se mexeu, n:o olhou à sua volta, nenhurh<br />

mlisculö <strong>de</strong> contraiu. A impressâo é <strong>de</strong> que seria 110 *1 solidtar que a crianp<br />

renlilasse qualquer ativida<strong>de</strong>. Nesse momento, m ostr4i-lhe l1m cmminhâbznho <strong>de</strong> plistico.<br />

A mudança foi total. Expressâb cofporal, risos e fala aconteceram simultâneamente,<br />

quase que mlma explosâb <strong>de</strong> com portamento. Foi possfvel observar e concluir que

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