19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

335<br />

Em sfnteses o paradim a da psicometria cla ica era fundamentado em medidas<br />

<strong>de</strong> testes sobre atributos do trabllho que eram avaliados posteriormente , o que<br />

constituia o critëlio da Seleçâo. Neste caso a correlalo teste/critdrio é a medida da<br />

previsibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lxma bateria <strong>de</strong> seleçâo, que busca exaurir todos os componentes<br />

possfveis da tarefa e assim cobrir, da forma mais com pleta possfwl, o trabalho avaliado.<br />

Esse paradigma meemnidsta tinha seu m nto vulnerâvel na incapacida<strong>de</strong> para<br />

lidar com os fenômenos dins-micos do trabalho , insusm itos no processo <strong>de</strong> anllise <strong>de</strong><br />

cargo.M esmo assim , perm aneceu incöblme durante quase duas dëcadu .<br />

. Entretanto, a crescente sodalizaçâb da produWo levou a pritica do psicölogo<br />

industrial para o campo da psicosociologia . Os estudos <strong>de</strong> Howtorne ensejaram lm<br />

novo enfoque que punha por terra as premissas dos psicometrltas cla icos: a açâb<br />

co l et i va dos trabnlhndores <strong>de</strong>terminava lxma pritica no irabalho q2e transcendia os<br />

atributos individuais, como por exemplo a çecapacida<strong>de</strong>' medida m los testes psicolö-<br />

#cos.<br />

A prindpal objeçâb da nova m rspectiva apontada por Elton Mayo e seus<br />

seguidores d que as b%es individuais do comportamento humano no trabalho estavam<br />

%sentad% sobre os p upos sociais das fibricas. Bste fato , por si sö, jé bastaria para<br />

pôr por terra as perspectivas da psicometda cla ica .<br />

Renlmente, esta objelo é <strong>de</strong>molidora e ind<strong>de</strong> sobre tod% as etapas que suportam<br />

a avaliaçâo psicométrica no trabm o :<br />

a) Em primeiro lugar, os aspectos psico/oiiais n:o estfo presentes na tarefa<br />

em si e se caracteriznm por fenômenos <strong>de</strong>correntes da cooperaçâo . Sfo, portanto,<br />

fenômenos <strong>de</strong> outra or<strong>de</strong>m , que n:o po<strong>de</strong>riam ser consi<strong>de</strong>rados dtlrante a Anllise<br />

do Trabalho, voltada apenas para os aspectos tdcnicos da tarefa .<br />

b) N:o sendo piescritos p%a a flmçâo, os aspectos psicoiociais do trabalho<br />

po<strong>de</strong>m comprometer o carâter pror östico dos testes , jl que nâb foram previstos, se<br />

constituindo em lçfontes <strong>de</strong> erro' durante a avaliaçfo psicolögica .<br />

c) Finnlmente, esta objelo muda toda a concepçlo <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

d esempe nho . Se yanteriormehte,<br />

as antigas formas <strong>de</strong> gestâo consi<strong>de</strong>ravam o <strong>de</strong>sem -<br />

y nho 'hllmano no trabm o com base em atributos estanques , nivelando os hom ens<br />

diante <strong>de</strong> relaçöes circunscritas ao tempo e m ovimento , a persm ctiva psicoeociolö-<br />

#ia colocava a questïo sob lm' novo ponto <strong>de</strong> vista: os grupos informais, <strong>de</strong>ntro dàs<br />

linhas <strong>de</strong> produlo, podiam <strong>de</strong>terminar um outro nfwl <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, afeto âs rela-<br />

Wes hlxmanas. ' . .<br />

Na realida<strong>de</strong>, a socializal: da produçro acabou por <strong>de</strong>terminar, no n-mbito<br />

da psicologa do trabm o, lxmn revisfo radical na concepçâo do seu objeto. A psicologa<br />

passou a reconhecer, no trabalhador, lma capacida<strong>de</strong> que vinha 1he negando<br />

h; dëcadàs: a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se auto<strong>de</strong>terminar , <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que 1he <strong>de</strong>ssem as condi-<br />

Wes necessfrias. .<br />

'

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!