19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

422<br />

inquietaWes mais profundas. Com efeito, <strong>de</strong> um lado, o mëtodo direto é efetivamente<br />

limitado na hwestigaWo da subjetivida<strong>de</strong> do outro, pois çnïo po<strong>de</strong>mos afirmar que a<br />

vida interior (faner l@ ) <strong>de</strong> xma pessoa qeja inteirnmente revelada por seu comportamento'<br />

(Kohler, ibi<strong>de</strong>m, p. 245). IM outro lado, o acesso à subjetivida<strong>de</strong> do outro,<br />

' atravds do mëtodo indireto, é poss f ve 1 sempre , in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da similarida<strong>de</strong> , ou da<br />

diferenp <strong>de</strong> natureza entre estes fenômenos subjetivos e aqueles <strong>de</strong>scobertos mlo<br />

mdtodo direto? Ou h; tambëm limites paza essa possibilida<strong>de</strong>; no c%o da diferença,<br />

ou ain d a na mrsm c tiva d: similadda<strong>de</strong>? A subjetivida<strong>de</strong> ' do outro é inteiramente<br />

.<br />

trnnqparente, ou <strong>de</strong> quantos llmites se trata? I'Iâ algo <strong>de</strong> indizfwl ou <strong>de</strong> imcompreensfwl<br />

na subjetivida<strong>de</strong>? Em poucas palavras, o recurso ao mdtodo indireto reconhece<br />

fenômenos subjetivos n:o Wsfveis, cuja natureza nïo é diferente da natureza dos<br />

fenômenos subjetivos <strong>de</strong>scobertos pelo método direto, ou d a diferençay e1a mesma,<br />

<strong>de</strong> natureza, que est; sendo sugerida? Kohler <strong>de</strong>ixa esta questfo no ar, pois se, <strong>de</strong> um<br />

lado, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a hwestigalo dos fenômenos subjetivos n:o Wsfwis, atravds do acesso<br />

direto, <strong>de</strong> outro, nâb acredita que o comportamento sempre se pareça com os fenômenos<br />

subjetivos que o acommnbsm. Por exemplo, pergtmtaie , etserâ a risada, tal como<br />

ë ouvida mlos outros, lxma expresâb a<strong>de</strong>qùada dos fatos subjetivos que ocorrem<br />

na m soa que ri'? (ibi<strong>de</strong>m, p. 245). E conclui: çacho difqil respon<strong>de</strong>r a esta m rgunta'<br />

(ibi<strong>de</strong>m, p. 245). A conclusâb final <strong>de</strong> Kohler é que se a resposta a esta questfo<br />

for negativa, ent:o ser; necesso o recorrer ao método indireto. Parece ser uma sugestâo<br />

<strong>de</strong>sta teoria da subjetividabe que o aceso indireto à subjetivida<strong>de</strong> do outro d o<br />

recurso a ser utilizado na hipötese que a subjetivida<strong>de</strong> nâb .visfvel seja <strong>de</strong> natureza<br />

diferente da natureza do comportamento.<br />

O que mnsa SMnner sobre esta questöes? t meKor comepr dtandoe:<br />

G<br />

. . . nosso conhecimento <strong>de</strong> outra m ssoa / limitado pelo acesso e nïo m la natureza<br />

dos fatos' (1974, p. 176). A hip6tese <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> Skinner reconhece, <strong>de</strong> modo<br />

similar à <strong>de</strong> Kohler, que a natureza dos dois fenémenos nâb é diferente. Por outro<br />

lado; o espaço privado no qual ocorem os eventos subjetivos conduz Sknner à <strong>de</strong>fesa<br />

do aceso indireto à subjetivida<strong>de</strong>: ç'ao estudar o comportnmento po<strong>de</strong>mos ter que 1idar<br />

com a estimulalo <strong>de</strong> 1xm <strong>de</strong>nte como lxma inferência e nro como um fat6 observé-<br />

#el' tskirmer, 1953, p. 258). As razses <strong>de</strong> Skir er para .admitir o acesso indireto à<br />

subjetivida<strong>de</strong> s:o <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m diferentes das <strong>de</strong> Kohler-Trata-se; para Skinner, da dimensfo<br />

privada da subjetivida<strong>de</strong>, e Kohler, como jé se viu, parece sugerir lma diferenp <strong>de</strong><br />

natureza dos dois tipos <strong>de</strong> fenômenos. Entretanto, do m esmo modo que Kohler enxerga<br />

limites no aceso direto à subjetivida<strong>de</strong>, Skinner tambëm os coloca para o caso do<br />

acesso indireto. Ou seja, hâ limites nos dois casos. IM qcordo com Kohler, os limites<br />

sitllqm -se na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rupttlra da semelhanp entre os dois tipos <strong>de</strong> fenômenos,<br />

o que sugere um a evenm al diferença na natureza dos fenômenos. E para Shnner? A<br />

razfo n:o é a mesma sugerida por Kohler, pois, xgundo Sknner, os limites do aœsso<br />

nTo se <strong>de</strong>vem à natureza dos fatos. O problema d que o acesso à subjetivida<strong>de</strong> esté

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!