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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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ANALISE COMPORTAMENTAL DA DOR<br />

ANTONIO BENTO ALVES DE MORAES<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas<br />

A dor é normnlmente vista como um problema neurofisolögico. Em geral e1a é<br />

consi<strong>de</strong>rada como uma questfo mëdica que envo 1 ve caracterlst ' i c% ffsicas ou orgânicas.<br />

Se em alguns casos, o diagnöstico sugere que os relatos <strong>de</strong> dor nâb se baseiam nos fatores<br />

ffsicos esperados, o problema t transferido para um outro quadro conceitual no<br />

qual a dor é vista como nâb-orgânica, isto é, psicogênica, psiquiltrica ou emocional.<br />

Todavia, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do mërito que esa mudança conceitual (e mudança <strong>de</strong><br />

intervençâo) possa ter, em geral, nâb se consi<strong>de</strong>ra outros aspectos importantes da dor<br />

que envolvem o com portamento dos indivfduos sofredores <strong>de</strong> dor e os fatores que<br />

influenciam ou m udam tal comportamento.<br />

O termo comportamento refere-se a açöes observéveis do organismo m as<br />

para uma anélise comportamental da dor, ë preciso consi<strong>de</strong>rar tnmbdm os comportamentos<br />

dos membros da fam lelia e dos profissionais <strong>de</strong> saû<strong>de</strong>. Comportamento ë m ovimento,<br />

isto d, movimento do indivfduo que posa ser observâvel. Esta éefiniçâo nâb<br />

implica que nâb existam outras ativida<strong>de</strong>s do organismo, como impulsos neurais,<br />

secreçôes glandulares, imagens mentais etc. . A <strong>de</strong>finiçâo propöe entretanto que para<br />

uma anâlise comportamental da dor, sejpm consi<strong>de</strong>rados somente os comportamentos<br />

que possam ser observados.<br />

A expressâo ou manifestaçâo da dor ë, em si mesm a, um comportamento. O<br />

resmungo, a careta ou a verbalizaç:o <strong>de</strong> uma queixa sâb comportamentos e como tais,<br />

sâb sujeitos a influência <strong>de</strong> todos os fatores que afetam o comportamento. Existem<br />

ainda outros comportamentos ou açöes da pessoa com um problema <strong>de</strong> dor que estâo<br />

relacionados a pröpria dor. Tais comportamentos po<strong>de</strong>m iniuenciar a evoluçâo da dor<br />

e ter conseqûêncims interpessoais. Por exemplo, a inatividads produzida pela dor tem<br />

efeito sobre a pröpria dor e sobre outros processos corporais. Alplmas questöes surgem<br />

entâo: Estl ocorrendo uma inativida<strong>de</strong> prolongada e portanto uma hipotonia muscular<br />

<strong>de</strong>snecessiria? Um programa <strong>de</strong> exercfcios po<strong>de</strong> funcionar como uma estrattgia <strong>de</strong><br />

distraçâo e <strong>de</strong>ssa maneira produzir llma diminuiçâo da dor? Ser; que uma estimulaçïo<br />

sistemftica nâo po<strong>de</strong>ria ativar alguns mecanism os inibitörios que enfraqueceriam a<br />

experidncia <strong>de</strong> dor? Serâ que a dor que um indivfduo sente nâo est; sendo produzida<br />

ou agravada por um a tensâb muscular ou uma <strong>de</strong>ficiente circulaçâo perifërica? As respostas<br />

a estas questöes necessariamente envolvem mdtodos ou procedimentos <strong>de</strong> mudança<br />

comportamental.<br />

Alëm dos com portamentos relacionados a dor, ocorrem também muitos<br />

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