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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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O M OV IM ENTO PELOS D IREITOS HU MA NOS NO BRASIL<br />

CY fUABOUCM COM BRA: COLABORADORES<br />

Grupo Tortura Nunca M ais e Univeaida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Flllminense .<br />

'A TORTURA NAO i UMA QUESTXOPOIA ICA',MAS ETICA.<br />

TORTURA ECRN E DE V SA . HUMANIDADE,PORTANT9,<br />

H REK RI'IW EL m ANISTIAVEL INAFIANCAVBL,<br />

INIMPUTXVELE m AGRACIAVEL'.<br />

I - A Tortura como Izlstrumento <strong>de</strong> AWo do Estado<br />

A Tortura no Brasil tem tlma tradilo histörica socialmente enraizada. Torturavam-se<br />

os escravos, os republicano#, intepalistas, comdlnistas. Os troncos em que se<br />

am itavam os escravos lkavam y gernlmente, nos pétios centrais das fng-ndas. Da época<br />

da ditadura <strong>de</strong> Vargas, glmrdamos na mem ôria a atuaç:o do DP , a figlzra <strong>de</strong> Ftl' into<br />

Mûller, Cecil Borer e os horrores que se p%savam nas <strong>de</strong>penddncias do DOPS.<br />

O m aior avanço da tortura no Brasil, entretanto, <strong>de</strong>u-se a partir do Golpe <strong>de</strong><br />

64, avanço n:o sö <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m técnica m as, tambdm , institudonal. A tortura que ficara<br />

confmada às <strong>de</strong>legacias <strong>de</strong> polftica e que contava com a criativida<strong>de</strong> dos policiais para<br />

se aprimorar, começa a <strong>de</strong>ixar os porGes do Dœ S e DEOPS e passa aos G gâos <strong>de</strong><br />

Segumnp . Mas foi na década <strong>de</strong> 70 qye e1a institucionalizou/e, respaldada pela Lei<br />

<strong>de</strong> Segurança Nadonal e pelo Ato Institucional n q5.<br />

O Exdrcito, a M arinha e a Aeronfutica, que incorporamm ao serviço <strong>de</strong> repressfo<br />

as Polfdas Estaduais, a Fe<strong>de</strong>ral e até o Corpo <strong>de</strong> Bombeiros, que antes asnm<br />

iloladamente, pasaram a trabalhar juntos nos DOIf ODIs. A tortura tornou/e sofisticada<br />

e foram criadas equipes especializad% na arte <strong>de</strong> toriurar, extrair informaçöes e<br />

matar; equipes formadas, inclusive, no exterior contando com médicos, psicölogos e<br />

assistentes técnicos. Havia' a preocupaWo maior com a ç'<strong>de</strong>sestruturalo' do presb<br />

polftico, ou seja, além das torturas ffsicas tradicionais e efi<strong>de</strong>ntes como pau<strong>de</strong>-arar.a<br />

e choques elétricos, o prelo era confmado, sem igua, à Etgela<strong>de</strong>ira'' -- recinto mantido<br />

à temperatura baixfssima, à prova <strong>de</strong> som , todo pintado <strong>de</strong> nep o e mlmido <strong>de</strong> altofalantes<br />

que emitiam sons altfssimos e estri<strong>de</strong>ntes. .0 preso, pordm , consi<strong>de</strong>rado<br />

tçirrecuperfvel' pelos Urgfos <strong>de</strong> Segurança, j; estava com sua sentença <strong>de</strong> morte <strong>de</strong>cretada,<br />

o que nFo o exclufa do suplfdo das torturas seguido dos tçtiros <strong>de</strong> miseri-<br />

C6rllia''<br />

Todo o avanço na tortura foi fruto do regme militar instaurado a partir <strong>de</strong><br />

1964. Ezstiu uma relaç:o entre o avanço das prfticas <strong>de</strong> tortm a e <strong>de</strong> violéncia policial<br />

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