19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

548<br />

tem como resultado um <strong>de</strong>sinteresse pelo processo e pela m ssoa do aluno, e a tentativa<br />

<strong>de</strong> asegurar certos intereses imediatos (prestf#o, afeto, dinheiro, po<strong>de</strong>r, ibope. . .).<br />

Quanto à visâb do outro, tambëm e1a se toma reduzida, e um particular que pô<strong>de</strong> ser<br />

apreendido (sentimento, impre&sôes, certas caracterfsticas do' outro. . .) ë asumido<br />

como explicaçâo <strong>de</strong> tudo o que e1e ë; é tomado como parn-metro <strong>de</strong>cisörio - nâb m ais<br />

como indicaçâb, sinal e ponte. .<br />

Per<strong>de</strong>r a atenWo ao movimento e a aceitalo <strong>de</strong> sua incerteza tem como conseqûência<br />

a reduçâo da liberda<strong>de</strong> para lançar-se no real, para lançar-se no risco que é o<br />

encontro e tnmbdm a reduç:o da capadda<strong>de</strong> da razâb, isto é, do <strong>de</strong>sejo e busca constante<br />

<strong>de</strong> conhecer.<br />

A potdncia hltmana <strong>de</strong> cada 1zm <strong>de</strong> nös, entâb, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> .<strong>de</strong> nâb eliminannos<br />

do horizonte da vida esta dimensâb do real com o além <strong>de</strong> nös, que se torna evi<strong>de</strong>nte na<br />

situaçâb <strong>de</strong> encontro e <strong>de</strong> movimento.<br />

M as exm riencialmente sabemos como ë diffcil se manter em tal postura <strong>de</strong><br />

abertura. Entâo este pass: a ser 1:m aspecto essencial na nossa funçâo <strong>de</strong> educadores.<br />

Como se po<strong>de</strong> educar a uma tal abertura assim? Mas, antes, como ë que nös po<strong>de</strong>mos<br />

nos manter abertos ao movimento, para entfo po<strong>de</strong>rmos ser fadlitadores <strong>de</strong> tal em-<br />

Penho?<br />

3. Como m rmanecer ligado à evidéncia <strong>de</strong> algo aldm <strong>de</strong> mim e vocd, que se<br />

nos apresenta no processo do encontro? Como nro reduzf-lo aos esquemas prt-concebidos<br />

e às,minhas medidas (que corespon<strong>de</strong>ria a negf-lo)? Como evitar esta tend:ncia<br />

tâb presente em cada um <strong>de</strong> nös e em nossa cultura? Como manter o olhar e com e1e<br />

facilitar o processo e a busca do aluno?<br />

Transpondo para o campo psicolösco uma das indicales <strong>de</strong> Hans Urs von<br />

Balthasar sobre como se po<strong>de</strong>ria m nnanecer diante da evidéncia sem reconduzf-la<br />

ao metro, às dimensöes e leis daquele que a intui, me pennito dtar 1xm trecho que<br />

creio posa ajudar a buscar a soluçâo do problema aqui colocado:<br />

ç:(O estado estdtico) representa, juntamente à esfera do m nsamento e à<br />

esfera da açâo, uma terceira esfera n:o reconduzfvel a tlma das prece<strong>de</strong>ntes . Na<br />

exm riência que se fez <strong>de</strong> llma beleza superior - na natureza ou na arte - o fenômeno,<br />

que <strong>de</strong> outra forma se apresenta m ais oculto, mais mascarado, po<strong>de</strong> ser colhido na sua<br />

diferenciaçâo: o que estâ diante <strong>de</strong> nös é <strong>de</strong> uma grandiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>' sconcertante como<br />

ttm milagre e enquanto tal nunca po<strong>de</strong> ser colhido, alcançado por aquele que faz a<br />

exm ridncia <strong>de</strong>le, mmq possui, exatnmente enquanto milagre, a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser com -<br />

preendido (. . .). Uma semelhante coincidéncia <strong>de</strong> incompreensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha par-<br />

te com a mais convincente .plausibilida<strong>de</strong>, para mim se dé somente no cnmpo do belo<br />

Puro,<br />

<strong>de</strong>stteressado' (1). .<br />

Admirar-se, maravilhar-se com o m ovimento que se nos apresenta diante dos<br />

. olhos: eis a chave simples e potente. E na experidncia estëtica que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar<br />

com que o outro e o processo nos afetem provocando afeto que nos leva a <strong>de</strong>sejar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!