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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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400<br />

Com relaçâb ao capftulo referente ao tfabnlhp jrodutivo propriamente dito e<br />

a atuaçâb polftico-sindical das m lheres omrâria:, objetp da nosb discusfo neste<br />

simpösio, selecionnm os algum as questöes que consi<strong>de</strong>rsmos significativr :<br />

1. E importante consi<strong>de</strong>rar ao estudar o trabalho feminino o modo como<br />

mulheres e crianças fornm incorporadas ao mercado <strong>de</strong> trabalho produtivo nos primördios<br />

da industrializaçro. Marx, ao discorer e analisar os efeitos da apropriaWo pelo<br />

capital da força <strong>de</strong> trabnlho das m llheres e das' crianças , na fase ilzicial do capitalismo<br />

qlmndo a utilizaçfo da m aquinaria tornou supdrflua a força ffsica, m rmitindo o<br />

emprego <strong>de</strong> trabnlhadores sem a força mlzscular ou com <strong>de</strong>senvolvimento ffsico ainda<br />

incompleto*.<br />

2. Nas anélises <strong>de</strong> fundamentaçâb teörica marxista sobre o trabnlbo feminino<br />

surge outra questâb, que d a <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a mllher como llma espëcie <strong>de</strong> exdrdto<br />

industrial <strong>de</strong> reserva. Consi<strong>de</strong>rando o conceito <strong>de</strong> exército industdal <strong>de</strong> reserva, ta1<br />

como foi <strong>de</strong>finido por M arx, po<strong>de</strong>mos perceber que a dinâmica do capital divi<strong>de</strong> o<br />

pro 1 etariado<br />

em 1xm exërcito <strong>de</strong> trabnlhador'es ativos e 1lm exército <strong>de</strong> trabalhadores<br />

<strong>de</strong> reserva que interrelacionnm, <strong>de</strong> um lado, a expansâo da acumttlaW o capitalista e,<br />

<strong>de</strong> outro, a misëria e a exploraçfo crescentes dos trabalhadores através da com m tiçâb<br />

gerada pelo exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabqlhadores que ë constantemente criado e recriado.<br />

3. A participaç:o da m llher no mercado produtivo nâo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> exclusivamente<br />

dos mecanism os da produçâo interna. Outros fatores relacionados com as tarefas<br />

domësticas s:o <strong>de</strong>terminantes na compreensâb da inserçâb das mllheres no m ercado<br />

<strong>de</strong> trabalho.<br />

4 O fato da polftica e da açfo sindical serem consi<strong>de</strong>radas do dom fn'io<br />

masclxlino, as mulheres introjectnm a iddia <strong>de</strong> que participar em sindicatos e em partidos<br />

é funlo masculina e achnm natural <strong>de</strong>legar para os homens as responsabilida<strong>de</strong>s<br />

polfticas que tambëm lhes cabem como ddadrs que sTo. .<br />

5. A participaçfo da mllher no m undo do trabalho produtivo e na aç:o<br />

polftica e sindical, rompendo na prâtica com o papel social que lhe é tradicionalmente<br />

atdbufdo, nâb tem se modifkado <strong>de</strong> fato, continuando a m ltlher responslvel m los<br />

encargos domësticos e pelo cuidado com os filhos. Conforme os rendimentos recebidos<br />

e o tipo <strong>de</strong> profissional que é, essa sobrecarga po<strong>de</strong>r; ser atenuada, pordm nunca<br />

abolida. Entretanto, o m ais importante é a forma como as mzllberes internaliz>m este<br />

novo papel, como se sentem conflituâdas e divididas em relaiâb aos filhos e a nnma, etc.<br />

6. Outro asm cto importante é que, em <strong>de</strong>terminadas camadas sodais, a inser-<br />

Wo da mlxlher unto lio mercado produtivo como na aXo sindical est; intimnmente<br />

asociada âs condiçöes söcio-econômicas ou âs ativida j es -polfticas<br />

sindicais do pai e do<br />

maddo e à sua posiçâb no contexto fnm iliar. Por outro lado nas formaçöes sociais<br />

*Marx, em O Capital , œp. XX1II.

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