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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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outros efeitos interpessoais coinplexos que se relacionam com o problema. Por<br />

exemplo, o paciente portador <strong>de</strong> dor crônica frequentemente manifesta tlm persistente<br />

padrâo comportamental para conseguir ajuda especial do profissional da saû<strong>de</strong>. 0<br />

exemplo tfpico ë o paciente que consegue m ûltiplas fontes para conseguir analgdsicos<br />

ou narcöticos.<br />

Existem m uitas interrelaçöes entre os conceitos comportamentais e os fatos<br />

que acontecem às pessoas portadoras <strong>de</strong> dor crônica. Uma restriçâb prolongada <strong>de</strong><br />

'''<br />

ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> levar o indivfduo a m r<strong>de</strong>r seu trabalho e alterar tambëm seus hâbitos<br />

sociais e <strong>de</strong> lazer. Esses efeitos, por sua vez, influenciam a dor propriamente dita. A<br />

questâo fundamental que se propöe é a seguinte: quais comportamentos um indivfduo<br />

com dor precisa adquirir para tornar sua vida m ais agradâvel e produtiva?<br />

A dor acontece âs pessoas e essas pessoas estâo continuamente exibindo comportnmentos.<br />

Dor e comportamento estâb sempre invariavelmente relacionados. Uma<br />

anflise comportamental da dor significa, para sermos mais exatos, uma anilise comportamental<br />

dos comportamentos relacionados â dor.<br />

A dor crônica po<strong>de</strong> estar levando muitos pacientes a sofrerem mais do que<br />

precismn. Os pacientes sofredores <strong>de</strong> dor pagnm 1lm preço terrfvel. Tais pacientes nâo<br />

sofrem exclusivamente <strong>de</strong> dor. Toda a sua vida fica comprometida e eles acabam sendo<br />

levados a perceber que nâb estâo vivendo: a vida passa por eles e nada maks. As intervençöes<br />

da fam lia, m uitas vezes nâo sâb eficazes e acabam fazendo as coisas piorarem .<br />

Em outras circunstâncias, o sistema <strong>de</strong> saû<strong>de</strong> também contribui para piorar o problema.<br />

As m tm iplas cirurgias, frequentemente realizadas nesses casos, alëm <strong>de</strong> nâo resolver<br />

o problema produzem outras limitaçöes funcionais.<br />

Quando a origem da dor nâb é i<strong>de</strong>ntificada e o problema nâb respon<strong>de</strong> bem a<br />

um tratnmento baseado em um certo sistem a <strong>de</strong> compreensâb do que ë a dor, frequentemente<br />

o caso ë rotulado <strong>de</strong> imaginirio, psicogênico ou qualquer outro term o <strong>de</strong>ssa<br />

natureza. O paciente entâb cai em uma armadilha e a dor e todos os prejufzos funcionais<br />

associados persistem . Isso sir ifica que o sistema <strong>de</strong> sai<strong>de</strong> nâo foi capaz <strong>de</strong> resolver<br />

o problema e, mais do que isso, frequentemente esse sistema questiona a autenticida<strong>de</strong><br />

do problema. Os membros da fam lia entram no mesm o esquema e duvidpm da<br />

realida<strong>de</strong> da dor.<br />

Um a questfo que precisamos discutir ë o problem a da dor crbônica encontrado<br />

em situaçöes clfnicas. A dor crônica po<strong>de</strong> ser vista como parte <strong>de</strong> um problema m ais<br />

amplo: a doença crônica. As relaçöes entre dor crônica e doença crônica tom am -se<br />

mais evi<strong>de</strong>ntes quando vkstas em term os comportamentais. A dor ë amplamente composta<br />

<strong>de</strong> comportnméntos. As m ssoas estâo ora fazendo coisu ora <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> fazer<br />

cois%, ou ainda, mudando sensivelm ente sua maneira <strong>de</strong> se comportar. Os padröes<br />

comportamentais associados .a dor aguda tem quase sempre curta duraçâb. Quando o<br />

tratamento é resolvido o indivfduo retoma os seus hâbitos usuais. .<br />

Todavia a dor crônica requer llma mudança comportnmental tanto do paciente

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