19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

t1E os outros?'' veio a pergunta. . . çtvoces vâo ter que m rguntar para eles'' veio a<br />

383<br />

resposta. ' . '<br />

Ao sair da reuniâo, a pessoa foi abordada por 1lm outro ddadâb 'que estava<br />

observando a discusâb (as cornisœs locais sâb abertas ao publico). E1e se apresentou<br />

como sendo o secreto o <strong>de</strong> uma associal o <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> outra parte do çborough''<br />

e indagou sobre como e1a tinha sido convidada quando apenas a ociaçœ s formakq<br />

po<strong>de</strong>riam falar e a associaçro <strong>de</strong>le estau aguardando quatro meses. ç:vocd sabe'', e1e<br />

continuou, Tdque vocds sâb o primeiro grupo a falar <strong>de</strong>ntro da nova diretriz, como que<br />

vocls conseguirain isso?' t:Nös nâb somos lxm' grupo'' respon<strong>de</strong>u a primeira.<br />

Dois anos mais tar<strong>de</strong> a rua (ue dava o nome ao bairo foi fechado exmrhnentalmente,<br />

forçando o tro co intermllnicipal <strong>de</strong> volta para as avenidas principais.<br />

Em termos organizativos e, apresso-me a dizer, sem a conscilncia discursiu<br />

das suas açöes, terfamos que admitir que o movimento foi eûcaz. Eles conseguirnm se<br />

manter <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> llma opçâo <strong>de</strong> forma que permitiu a articulaçfo <strong>de</strong> açâo porëm sem<br />

chegar a uma estruturaçâb que a tornaria mais Ixm entre muitos outros t'grupos'' ou<br />

çeassociaçses'' <strong>de</strong> bairro. Estes, ao ba#nlhar pelo espaço <strong>de</strong> influfncia sâo, m uitas vezes,<br />

sutilmente domesticados pelas normas <strong>de</strong> conduta da ecologa social e organizacional<br />

da qual acabsm por ser convidados a fazer parte. Algo que Cockburn chnmou, na sua<br />

anilise do proceso, <strong>de</strong> participaWo popular no gerenciamento <strong>de</strong> conjuntos habitacionais,<br />

<strong>de</strong> 6to estado local' (2).<br />

Na sua preguip organizativa o movimento conseguiu se manter num nfvel<br />

necessirio e suficiente para permitir a incorporaçfo <strong>de</strong> sepnentos bastante diferentes<br />

sem forçar nm Fau <strong>de</strong> coesfo que inevitavelmente. levada a todas as dins-micas que<br />

' conhecemos dos nossos trabslhos <strong>de</strong> tepupo'. Evitou-se o trabzlho <strong>de</strong>sgastante da manutenç:o<br />

da vida afetiva do ttgrupo'' pelo sim ples expediente <strong>de</strong> nro o formar. Evitouz<br />

se as inevitfveis bdgas <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança e <strong>de</strong> panelas (0 tgrupo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro' e o tçgrupo <strong>de</strong><br />

fora' - çtin group' e .eçout group') <strong>de</strong> resoluWes em relmias e <strong>de</strong> votos 't<strong>de</strong>mocriticos'<br />

peto simples fato <strong>de</strong> n:o ter representantes. Cada tm se representou num corpo a<br />

corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia quase direta e se consi<strong>de</strong>rou com tôda a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> falar em'<br />

nome dos outros quando bem enten<strong>de</strong>sse, nfo enquantp representante m as enqlmnto<br />

co-cidadfo. ' . . .'<br />

Po<strong>de</strong>*e dizzr que o movhnento foi <strong>de</strong>sorganizado? Penso que nâb. . . mas<br />

organizado <strong>de</strong> que forma? Quais os conceitos que precisnmos criar para tornar o nosso<br />

estudo pritico da zom pmida<strong>de</strong> em movimento m ais cuidadoso e, <strong>de</strong>vo dizer, mais resm<br />

itoso? Qluntas mssoas, se colocadnq <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta situaçfo como agentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

teria trilhado o cnminho 'da forma mais comlxm? Qlxnntas, ao contrM o,<br />

teriam tido a coragem <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a pergunta sobre 'çqual o F au <strong>de</strong> organizaçâo ne-<br />

ce% éri a ?' e: uito menos do que você pensa?'' '<br />

. . . . m . .<br />

Ao tecer estas indagaçöes, n:o é minha intenlo propor lma noea maneira<br />

melhor <strong>de</strong> ajudar a comlmida<strong>de</strong> a se organizar. Ao contrério, a intenWo é <strong>de</strong> chamar a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!