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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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Watson (1914) alimenta 1xm entusiasmo semelhante: çtNerlhum novo princfpio<br />

é requerido na pasagem do lmicelulaz ao homem. Na passagem das respostas <strong>de</strong> organismos<br />

mais simples às mais complexas <strong>de</strong> animais superiores, encontra-se (1) 1m némero<br />

maior <strong>de</strong> lmida<strong>de</strong>s e (2) fonnas mais complexas <strong>de</strong> combinaç:o entre estas lznida<strong>de</strong>s.<br />

(p. 318). E hâ a famosa e jocosa formulaçâo <strong>de</strong> Tolman (1945, citado por Mlmn,<br />

1950) xgundo a qual a maioria dos problemas importantes na Psicolo/a - menog o<br />

super ego - po<strong>de</strong>riam ser estudados a partir do comportamento <strong>de</strong> um rato no ponto<br />

<strong>de</strong> escolha <strong>de</strong> 1lm labirinto em T.<br />

Postula-se ser o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> laboratörio representativo da funWo humana correspon<strong>de</strong>nte,<br />

ou <strong>de</strong> 'lma funwo geral, encontrada ao longo da escala animal. O problem<br />

a com esta abordagem , atravds da qual acabou sendo i<strong>de</strong>ntificado o trabalho com animais<br />

em psicologa, nTo est; apenas nesta suposiçâb <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong>. Estâ no vids<br />

redudonista, que prioziza a semelhanp , qllnndo nTo a bmca explicitamente, em <strong>de</strong>trimento<br />

das diferenps eventuais. Querendo biologizar o estudo do comportamento, o<br />

afasta da biolo/a, na medida em que negligencia fontes essenciais <strong>de</strong> variaçâo, e na<br />

medida em que isola conceitualmente o animal <strong>de</strong> seu contexto natural.<br />

O CONTEXTO O MPARATIVO<br />

A' teoria darwiniana incorpora processos atravës dos quais é gerada vadaçâo e<br />

processos seletivos atravës dos quais sâo fixadas <strong>de</strong>terminadas formu altem ativas. E<br />

mediante a atual o <strong>de</strong> ambos que os gnzpos <strong>de</strong> animais se diferenciam , ou se tomam<br />

xmelhantes, <strong>de</strong>mn<strong>de</strong>ndo do ambiente em que ocore sua evoluçfo (divergdnda, convergdnda).<br />

O homem n:o escapa à regra: slnq diferenças/semelhanps com outros anim<br />

ais remetem a ltma histöria, e ao contexto em que esta histöria se <strong>de</strong>u. Darwin<br />

(1à97) escreve, çd. . . altamente provfvel que, no caso do ser hlxmano, as faculda<strong>de</strong>s<br />

intelectuais tenham sido principnlmente e gradualmente aperfeiçoadu atravës da sele-<br />

Wo natural' (p. 128). E provavelmente por motivos tâticos e para prover <strong>de</strong> argumentos<br />

uma teoria continuista que Darwin e os darwinistas clissicos tenham huistido<br />

tanto em <strong>de</strong>scobrir semelhanças entre o homem e os animais tDarwin dizia terem os<br />

animais cudosida<strong>de</strong>k' imitaçâo, atençâo, memöria, senso <strong>de</strong> beleza, traços que outros<br />

<strong>de</strong>fendiam como exciusivamente hlmanos).<br />

Mas o postulado <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> que form a a base da m rsm ctiva darwiniana,<br />

nâb implica em i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> dos termos, presupôe justamente a diferendaWo das es-<br />

W cies em funçâb da heterogeneida<strong>de</strong> dos ambientes. A adaptaçâo nâo significa o strgimento,<br />

do vâcuo, <strong>de</strong> formu novas. E1a se efetua a pardr dos programas genéticos<br />

prë-existentes e, nesse sentido, po<strong>de</strong> ser entendida como conservadora. Mas e1a tambëm<br />

representa um a seleçâo diferencial <strong>de</strong> formas, e o alcançar <strong>de</strong> equillfrios com<br />

%pectos muito especficos da circunstânda ecolö#ca.<br />

Enten<strong>de</strong>-se entâo que a tarefa comparativa seja mais complexa e mais rica do

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