19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

296<br />

<strong>de</strong> Defi<strong>de</strong>ntes da Audiocomunicalo. Em 1986, foi criad? a HabilitaWo na érea <strong>de</strong><br />

Deicientes Ffsicos, porëm ilo foi ainda implaniada, pois os docentes nro pu<strong>de</strong>ram ser<br />

contratados.<br />

Os primeiros cursos <strong>de</strong> formaçïo <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> <strong>de</strong>fkientes, no Estado <strong>de</strong><br />

Sâo Paulo, surgrnm no infcio da ddcada <strong>de</strong> 70, vinculados a instituiWes particulares<br />

<strong>de</strong> ensino universitlrio. Desse fato <strong>de</strong>correm algllmas situam es que dificultsm a a<strong>de</strong>quada<br />

formaçâo <strong>de</strong>ses professores, conforme apontou Enumo (1985) em seu estudo<br />

sobre as caracterfsticas administrativas e curriculares dos cursos <strong>de</strong> formalo <strong>de</strong> professores<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficientes mentais no Estado <strong>de</strong> Sâo Paulo. A autora apontou, entre outras<br />

dificulda<strong>de</strong>s, a forma <strong>de</strong> contratalo <strong>de</strong> docentes por hora-aula, o que os leva a manterem<br />

contato com a escola e alunos somente no seu m rfodo <strong>de</strong> aula; a all--ncia <strong>de</strong> projetos<br />

pedagöscos na mpioria dos cursos; poucea carga horiria <strong>de</strong> estâgios supee sionadosy'<br />

cuja prâtica é ainda mais prejudicada, poks a maioria dos cursos funciona no perfodo<br />

noturno, enquanto que flmcioriam durante o dia as classes especiais on<strong>de</strong> os alunos<br />

<strong>de</strong>vem fazer parte 1os estâgios; a situaçâo precâria das bibliotecas dà maioria das escolas,<br />

com irrisöria bibliografia disponfvel aos altmos e professores.<br />

Esse quadro sugére que a formaWo ile profesores <strong>de</strong> <strong>de</strong>licientes po<strong>de</strong> estar<br />

longe <strong>de</strong> ser satisfatéria para aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alunos especiais que, por diferentej<br />

razöes, nâb sâb escolarizados atravës <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> classes comlmK e<br />

preclam ser encnminhados' às cl%ses esm ciais. Somado a isto , hâ inlimeros problem%<br />

reiadonados ao pröprio diagnöstico da <strong>de</strong>ficidncia mental, cujos procedimentos <strong>de</strong><br />

avaliaçâb e encnminhnmento comportnm m uitos problemas sociais que fm qûentemente<br />

levam à i<strong>de</strong>ntificalo <strong>de</strong> ltma criança como <strong>de</strong>ficiente mental, em funlo <strong>de</strong> caracterfsticas<br />

que nâb t:m relaçâb com a <strong>de</strong>ficidncia mental. Isto vem sendo amplnm ente evi<strong>de</strong>ndado<br />

em diversos estudos realizados em diferentes dda<strong>de</strong>s brasileiras (Almeida,<br />

1984; Denari, lg84ipaschialick, 1981; Roddgues, 1982 e Sclmei<strong>de</strong>r, 1974). '<br />

Nesse processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntiflcaWo e tratamento distintivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados alunos<br />

como sendo <strong>de</strong>ficientes, o profeuor precarinmente formado po<strong>de</strong>, atë sem querer<br />

e sem saber, funcionar como 1zm agente a legtimar socialmente a condilo e o rötulo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>l<strong>de</strong>nte que sTo atribufdos àqueles allmos. Isto po<strong>de</strong> acontecer atravds da pro ca<br />

pedagôgca do professor esm cializado que, acreditando estar no pröprio aluno e so-<br />

men t e nele<br />

as razöes do ffacasso escolar, acaba tratandoe distintivkmente na ledida<br />

em que lança mro <strong>de</strong> rectlrsos espedais com o propösito <strong>de</strong> remediar as diûculda<strong>de</strong>s<br />

que su/ostamente est'o no aluno. Semelhante utilizalo <strong>de</strong> rectlrsos especiais po<strong>de</strong><br />

signilicar, muitas vezes, 1lm distancismento do aluno em relalo a classes comuns. A<br />

ese respeito, no seu estudo sobre a i<strong>de</strong>ntifialo <strong>de</strong> problemns relativos ao atendimento,<br />

pelos recursos <strong>de</strong> Educalo Fysm dat, das tçnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crianças que, por<br />

dif i' rentes raza s 1 'd% dos' cursos regulires <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> pn'meiro grau''<br />

, s;o exc ul<br />

(p. 28-29), DaI Pogeto (1987) concluiu que a classe especial, zom seus altmos espe-<br />

: .<br />

ciais e piofessor esm dalizado, sofre isolnmento tanto ffsico quanto sodal no smbiente

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!