19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

433<br />

E claro que os indicadores da Tabela 1 tfm que ser interpretados com cautela.<br />

As revistas brasileiras e a latino-amedcana sâb revistas <strong>de</strong> caréter geral, que publicam<br />

artigos <strong>de</strong> qualquer setor da psicologia. Sabemos que lu'î sub-leas da psicolojia on<strong>de</strong> o<br />

mëtodo exm rimental é mais utilizado que em outras. De qualquer forma, das revist%<br />

<strong>de</strong> fora da Amdrica tatina ali dtadas, duas sâo tambdm <strong>de</strong> carâter geral e duas sâb esm<br />

cializadas nas ireas <strong>de</strong> psicolo#a da mrsonalida<strong>de</strong> e psicolosa social, as quais nâo<br />

sâb consi<strong>de</strong>radas como fleas necessariamente experimentais. Apesar <strong>de</strong> nâo conclusivos,<br />

os dados da Tabela 1 sâb fortemente sugestivos <strong>de</strong> que, no Brasil e na Amdrica<br />

tatinay. o mdtodo expen'mental é pouco utilizado pelos psicölogos que publiemm. A<br />

mëdia das proporçœ s <strong>de</strong> artigos que utilizaram o mëtodo experimental nas revistas<br />

latino-americanas é <strong>de</strong> 0,26, enquanto que a das <strong>de</strong> fora da Amërica Imtina ë <strong>de</strong> 0,66<br />

(inclxindo a revista espnnhola) e <strong>de</strong> 0,78 sem ela. A<strong>de</strong>mais, comparando-se os dados<br />

das revistas latino-americanas com as da Europa e dos EEUU, vem os que enquanto<br />

nestas tiltim as a proporçâo <strong>de</strong> artigos que utilizaram o mdtodo exm rimental aumentou<br />

com o passar dos anos, a das primeiras ; dlmm' uiu *<br />

Decorre <strong>de</strong>sta breve anâlise que, <strong>de</strong> acordo com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabnlhos publicados,<br />

o mdtodo experimental, no Brasil e no restante da Amdrica Lqtina é utilizado<br />

em proporçfo muito inferior à <strong>de</strong> outras partes do mtmdo. Quais as posfveis razöes<br />

para isto? Singularizei, <strong>de</strong> imediato, tlds, na busca <strong>de</strong> explicaçâb para o fato. Sâo elas:<br />

(a) a vocaçâb da maioiia dos estudantes latino-americanos para aspectos n:o quantitativos<br />

da psicolosa; (b) txma visâb equivocada <strong>de</strong> alguns professores <strong>de</strong> psicologia, para<br />

os quais o mdtodo exm rimental d, do ponto <strong>de</strong> vista epistemolö#co, ina<strong>de</strong>quado ls<br />

ddncias sociais e hlmanas; (c) a érlfise, nos tiltimos 10 ou 15 anos, nas chamadu<br />

ççmetodologias alternativas'', <strong>de</strong> natureza mais qualitativa e m enos rigorosa que o mdtodo<br />

experimental. Vejamos, a seguir, cada Ixma <strong>de</strong>stas posfveis ra4a s <strong>de</strong> forma um<br />

pouco m ais <strong>de</strong>talhada.<br />

(a) Sobre a vocçâo dos estudnntes <strong>de</strong> pdcologia na AG HO tatina<br />

Em m inha expee ncia <strong>de</strong> professor universitârio tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> notar<br />

que o estu d ante<br />

<strong>de</strong> psicologia latino-americano tem uma vocaçâo m uito mais hllm anis-<br />

ta e ûlosôfica que cientffica. Os hgredientes fundamentais da ativida<strong>de</strong> cientfica' -<br />

qluntificalo, experimentaçâo e busca <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong> - susdtnm, via <strong>de</strong> repa, pouco<br />

interesse na maioria dos estudantes <strong>de</strong> psicologa. Muito mais atraente para eles sTo os<br />

enfoques n:o qlnntitativos, genëricos, subjetivos e on<strong>de</strong> nfo é ezgido o rigor, a predsâb<br />

e, quase se po<strong>de</strong>ria dizer, a obcesivida<strong>de</strong> do método expen'mental. E m ssfvel<br />

que a cultura<br />

latina tenha muito a ver com isso, nela' se incllindo nossa tradiçâo flo-<br />

söfica menos empirista. Sejam quais forem as causas, parece-me difdl negar que a vocaWo<br />

da maioria <strong>de</strong> nossos estudantes nâo ë para a cidncia empfrica, on<strong>de</strong> a exm rimentaWo<br />

constitui a ferramenta fundnmental para seu <strong>de</strong>senvolvimento.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!