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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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ALGUMAS REFLEXOESSOBRE O USO DA CATEGORIA<br />

'INTERACAO SOCIAL'<br />

ANA M ARG AIM EIDA CARVALHO<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sfo Paulo<br />

A escolha da categoria çv teralo sodal' para trn-r à discuuâb nesta Mesa<br />

Redonda se explica , por um lado, pela direçïo em que meu pröprio trabnlho tem me<br />

encsminhado nos tmimos anos; por outro, porque mnso que esa direlo nâb ë ad<strong>de</strong>ntal,<br />

mas resete, pelo menos em alguns apectos, uma tenddncia da Jrea <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong><br />

do Desenvolvimento no sentido <strong>de</strong> reelaboraçâo dos mo<strong>de</strong>los interadonistas <strong>de</strong> anfise<br />

atravds da inclusâb da dimensâb ç'sociap'.<br />

O sentido gendrico da palavra çtinteraWo' ë Gaçâo que se exerce redprocamente<br />

entre dois objetos' (ou entre um sujeito e 1lm objeto, ou entre dois sujeitos).<br />

Nas cidncias chsmadas N xatas'' ; a palavra veio a ser usada para <strong>de</strong>siN . ar efeitos obser-<br />

vados sob duas (ou mais) varifveis, que nro po<strong>de</strong>m ser explicados pelo comportnmento<br />

individual <strong>de</strong> nrnlrtma <strong>de</strong>las - efeitos prodm idos pela infludncia recfproca <strong>de</strong> 'lm a<br />

sobre a outra. Com esse mesmo sentido, aparece em trabnlhos <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> em algumas<br />

ireas: por exemplo, ççEfeitos <strong>de</strong> interaçâo produzidos pela propmmaçâb alternada<br />

<strong>de</strong> reforçamento para duas respostas <strong>de</strong> topograûas diferentes' tTunes, 1976). E,<br />

ainda, para <strong>de</strong>signar os mo<strong>de</strong>los teöricos que se propœ m a superar dicotom ias e pro-<br />

' posiçôes lineares a respeito <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong>term inantes dos processos psicolögicos - um<br />

exemplo cléssico é a teoria <strong>de</strong> Piaget, um mo<strong>de</strong>lo interadonista da relaçâo organismoambiente.<br />

Apesar <strong>de</strong>ssa histöria <strong>de</strong> uso aparèntemente consistente, d interessante constatar<br />

que, ao ser trazida para o estudo do comportqmento social, a categoria t'interaWo'<br />

parece ter perdido essa especifidda<strong>de</strong>' <strong>de</strong> sentido. Em m uitos trabalhos que utilizmm<br />

essa categoria, seja como Imlda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ano se, seja como clase ou apummento <strong>de</strong> lmida<strong>de</strong>s,<br />

interaçâb social d usada praticnmente como sinôrdmo <strong>de</strong> coniato social, intercâmbio<br />

social, comportamento socialmente dirigdo, ou simplesMente contekto <strong>de</strong><br />

ocordncia <strong>de</strong> comportamyn' tos socinlmente dirisdos. A idéia <strong>de</strong> açïo recfproca se .<br />

per<strong>de</strong>, ou ë reduzida a 1:m efeito linear, or<strong>de</strong>nado no tempo, dos comportsmentos<br />

sequenciais (contingentes?) dos parceiros individuais. Po<strong>de</strong>ie dizer, <strong>de</strong> muitos trabalhos<br />

sobre interaçâb sodal, que eles nâb focaliznm a interaçfo, mas sim comportamento<br />

<strong>de</strong> indivfduos numa situaçïo social (<strong>de</strong>fmida. pela presença <strong>de</strong> parceiros sociais<br />

potenciais), e as relales que po<strong>de</strong>m ser estabelecidas entre esse comportamento e a<br />

presença, as cazacterfsticas, os comportnmentos dos parceiros. ' .<br />

Esta observaçâb nâb preten<strong>de</strong> conter uma valoraçfo negativa ou qllnlquer<br />

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