19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4;5<br />

revelados nâb' sö imediatnmente como tambdm sâb dotados <strong>de</strong> uma irredutibilida<strong>de</strong><br />

que constitui sua prôpria natureza. Nfo h; necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mëtodos indiretos. 17111se<br />

ou apaga-se inteiramente a dimensfo interiorida<strong>de</strong>exteriorida<strong>de</strong>. A consddncia nro<br />

tem interior. Que se ouça, com paciência, este belo trecho <strong>de</strong> Sartre: 'tllusserl reipstalou<br />

o horror e o encanto nas coisas. Restituiu-nos o m undo dos artistas e dos profet% :<br />

espantoso, hostil, pedgoso, com ancoradouros <strong>de</strong> amor e Faça. Preparou o terreno<br />

para Ilm novo tratamento das paixöes que se inspiraria nessa verda<strong>de</strong> t:o simples e tâo<br />

proftmdamente <strong>de</strong>sconhecida m los nossos requintados: se am nmos uma mllher, é<br />

porque e1a ë nmivel. Eis-nos libertos <strong>de</strong>-proust. Lbertos ao mesm o tempo da ç'vida<br />

interior' (1968, p. 311). Nâb h;, portanto, sentido em pergtmtar a Sartre se os fenômenos<br />

subjetivos sâb <strong>de</strong> natureza diferente dos fenômenos comportnmentais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que se aceite a intencionalida<strong>de</strong> 'da conscidncia ou do comportamento. Com efeito,<br />

segundo Sartre (1939) uma teoria da emoWo que queira restituir ao psfquico seu papi 1<br />

fundamental <strong>de</strong>veria fazer da emolo uma conduta. Mas o termo conduh aqui caracrteriza-se<br />

pela intencionalida<strong>de</strong>. Em outras palavras, se a conscidnda é intencionalida<strong>de</strong>,<br />

. é exteriorida<strong>de</strong>, como quer Sartre, entâb nâb proce<strong>de</strong> a pergunta acerca da natureza<br />

dos dois fenômenos.<br />

Para concluir este ponto: se Sknner tornou t) problema do acesso aos fenômenos<br />

subjetivos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da questZo da natureza dos dois fenômenos (um problema<br />

que em Kohler ë, na melhor das hipötises, ambfguo), Sartre esvaziou a pröpria<br />

questfo do acesso. Skinner ainda se vl às voltas com este problema porque n:o escapa<br />

à dicotom ia exteriorida<strong>de</strong>-intedodda<strong>de</strong>, pliblico-privado. M as, se % conscidncia ë o<br />

exterior <strong>de</strong>la pröpria', entâb nIo cabe perguntar nem m la natureza dos ,dois fenômenos<br />

nem pelo tipo <strong>de</strong> acesso a ser privilegado. A subjetivida<strong>de</strong> é exteriorida<strong>de</strong>,'o aceso<br />

d direto e ponto fmal. E o que pensa Sartre sobre o autoconhedmento? Qlml ë a relaçâo<br />

entre o Eu e o outro? Aqui est; sua resposta: ttnfo é em nenhllm refligio que nos<br />

<strong>de</strong>scobliremos: é na nm, na cida<strong>de</strong>, no m eio da multidïo, coisa entre afs coisasy' homem<br />

entre os homens' (1968, p. 31).<br />

Dito isto, chega-se ao infcio do problema e n:o à sua soluç:o, se 4 que h;<br />

soluçfo para este problema. Segue-se a sugestro <strong>de</strong> 1lm itinerârio <strong>de</strong> m squisa.<br />

1 Exam e crftico da teoria estnztm alista da m rèepçâb do outro pelo Eu e da<br />

teoria do reconhecimento m rceptual pelo Eu daquilo que lhe é atribufdo m lo outro,<br />

no discmso <strong>de</strong> Kohler. O meslo tipo <strong>de</strong> exame da teoria do conjrole do compo' rtamento<br />

do outro pelo Eu e da teoria da apreddizagem daquilo' que o outro ensina ao'<br />

E u, no di scurso<br />

<strong>de</strong> Skinner. ' ' ' '

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!