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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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explicam a magnitude das empresas transnacionais em relação à dinâmica <strong>do</strong> capitalismo<br />

mundial. Para justificar sua assertiva, a autora afirma que “(...) das 100 maiores<br />

economias <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, 51 eram empresas e 49 eram países. As fusões e aquisições<br />

corporativas se aceleraram na década passada e atualmente representam mais de 12% <strong>do</strong><br />

produto global. As vendas das 500 maiores transnacionais equivalem a 47% <strong>do</strong> produto<br />

bruto <strong>do</strong> planeta, mas empregam apenas 1,59% da força de trabalho mundial” 127 . Tais<br />

números demonstram a grandiosidade <strong>do</strong> conglomera<strong>do</strong> financeiro internacional e são<br />

capazes de justificar o poder que estas empresas exercem em relação às políticas públicas<br />

de vários Esta<strong>do</strong>s-nação.<br />

O pesquisa<strong>do</strong>r da UNESP de Araraquara, Geral<strong>do</strong> Müller, ao escrever<br />

sobre o poder econômico no complexo agroindustrial brasileiro, nos anos 90, enfatizou a<br />

capacidade de adaptação das corporações agroalimentares transnacionais, utilizan<strong>do</strong>-se<br />

de ardis, artifícios e méto<strong>do</strong>s de pressão, que.apenas ressaltam a responsabilidade <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> em regulamentar estas situações, além da veemente necessidadde de adaptação <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> a esta mudança. Para tanto, ressalta a intensa capacidade de adaptação das<br />

empresas multinacionais alimentares, tanto nos aspectos referentes à própria gestão<br />

interna quanto em relação às suas estratégias comerciais. A concentração agora atinge<br />

outros níveis. Segun<strong>do</strong> o autor, “Trata-se de uma concentração por concertação que se<br />

articula sob a forma de intercâmbio de favores, de acesso a redes privilegiadas de<br />

informação, de direção conjunta por conselhos de administração cruza<strong>do</strong>s, e de repartição<br />

ou de acor<strong>do</strong>s prévios. Ë também uma concentração por afinidades de interesses tópicos,<br />

o que permite que se afirme que em lugar de oligopólios de luta, tem-se oligopólios de<br />

concertação”.: 128<br />

Em outra perspectiva, mas tratan<strong>do</strong>-se da mesma realidade, o geógrafo<br />

Milton Santos salienta que a preponderância das transnacionais, é fruto de um sistema de<br />

perversidade sistêmica, basea<strong>do</strong> na competitividade como regra absoluta da vida social,<br />

127<br />

VIA CAMPESINA BRASIL. Subsídios para implementar a campanha das sementes. Via Campesina<br />

Brasil, 2003, p.17.<br />

128<br />

MÜLLER, Geral<strong>do</strong>. O poder econômico no complexo agroindustrial brasileiro e sua expectativas<br />

políticas. In: Anais <strong>do</strong> Seminário “A Agricultura Brasileira nos Anos 90: Desafios e Perspectivas”;<br />

Curitiba, 22 a 24 de ago. de 1989; Grupo de Estu<strong>do</strong>s de Agricultura e Sociedade. Curitiba: Editora da<br />

UFPR, 1991, p. 85.<br />

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