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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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No atual contexto mundial, marca<strong>do</strong> pela globalização geopolítica, pela<br />

economia de merca<strong>do</strong> e pela era da informação, as relações comerciais dinamizaram-se e<br />

exponenciaram-se, de mo<strong>do</strong> a transformar o modelo capitalista de desenvolvimento numa<br />

intrincada teia de organismos multilaterais e empresas transnacionais, que<br />

fragmentarizam o território mundial em merca<strong>do</strong>s produtores e consumi<strong>do</strong>res, além de<br />

ditarem as políticas públicas de diversos Esta<strong>do</strong>s, principalmente <strong>do</strong>s subdesenvolvi<strong>do</strong>s e<br />

em desenvolvimento, que tem sua soberania política, econômica, cultural e social<br />

ameaçadas por este modelo de exclusão, que, historicamente, desde a fase mercantil, foi<br />

responsável pelo alargamento das desigualdades sociais e uma intensa degradação<br />

ambiental.<br />

Partin<strong>do</strong>-se desse pressuposto, que se baseia na existência de um modelo<br />

de desenvolvimento que prima pelo individualismo e pela apropriação privada <strong>do</strong>s bens e<br />

recursos naturais e cujo embasamento está num ordenamento jurídico de caráter liberal-<br />

burguês, sustenta<strong>do</strong> pelo binômio da propriedade e <strong>do</strong>s contratos, pode-se visualizar a<br />

necessidade de uma regulamentação em esfera internacional, que norteie o conceito de<br />

desenvolvimento e traga as elucidações necessárias para que a atividade econômica seja<br />

compatível com a reordenação <strong>do</strong>s hábitos culturais das populações <strong>do</strong>s países<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s, bem como as externalidades negativas geradas por este desenvolvimento<br />

sejam contidas e delimitadas por meio de mecanismos eficientes e justos, que<br />

contemplem não apenas os problemas relativos à conservação e preservação ambiental,<br />

mas também que otimizem parâmetros de justiça social e distribuição de renda eqüitativa.<br />

Só assim as tradicionais divergências entre o posicionamento <strong>do</strong>s países<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s, que creditam à pobreza e à miséria a responsabilidade pela degradação<br />

ambiental, poderão se compatibilizar com o posicionamento <strong>do</strong>s países subdesenvolvi<strong>do</strong>s<br />

e em desenvolvimento, que acreditam ser o excessivo consumo de produtos e energia,<br />

além da grande geração de resíduos <strong>do</strong>s povos que vivem em países de economia<br />

polarizada, orientada para a produção em larga escala e o consumo irrefreável, os grandes<br />

causa<strong>do</strong>res da situação calamitosa em que se encontram diversos <strong>do</strong>s microssistemas <strong>do</strong><br />

globo.<br />

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