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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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terras, tecnologia, insumos ou liberdade para produzir sua própria comida, é um povo<br />

dependente, pois ficará à mercê de outros povos ou nações para se alimentar. Nenhum<br />

país será soberano se não tiver o <strong>do</strong>mínio da produção de suas sementes, e<br />

conseqüentemente, <strong>do</strong>s alimentos necessários para a sua própria subsistência.<br />

As transnacionais sementeiras, ao disseminarem suas formas de cultivo e<br />

suas tecnologias, obrigam as populações tradicionais a cultivar determina<strong>do</strong>s produtos,<br />

influencian<strong>do</strong> no consumo, na produção e na distribuição de alimentos, verdadeira<br />

afronta ao princípio da soberania alimentar. Felizmente, o Poder Público, pela atuação <strong>do</strong><br />

Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente, vêm dan<strong>do</strong> a importância necessária para que as<br />

variedades tradicionais de sementes e plantas sejam preservadas, o que contribui para a<br />

segurança alimentar das populações tradicionais e garante a manutenção da<br />

biodiversidade.<br />

Em notícia de responsabilidade <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente e<br />

veiculada no periódico eletrônico Ambiente Brasil, é ressaltada nova ênfase <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

em relação à preservação das sementes de variedades tradicionais, que seguramente,<br />

correm sérios riscos de desaparecerem diante das novas variedades resultantes <strong>do</strong><br />

desenvolvimento científico-tecnológico. Para tanto, o Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente<br />

capacitará seus técnicos, bem como de lideranças locais, para atuarem na preservação de<br />

variedades crioulas 223 de milho, feijão e mandioca em cinco biomas diferentes <strong>do</strong> país. A<br />

efetividade destas ações de cunho preservacionista iniciaram-se com a criação <strong>do</strong>s Cima<br />

(Centros Irradia<strong>do</strong>res de Manejo da Agrobiodiversidade), situa<strong>do</strong>s em assentamentos da<br />

reforma agrária, que promoverão os treinamentos com o intuito de que as técnicas<br />

apreendidas sejam compartilhadas com os outros membros das comunidades.<br />

Para que tal projeto seja viabiliza<strong>do</strong>, serão capacita<strong>do</strong>s, num primeiro<br />

momento, 350 técnicos e lideranças, que, indiretamente, beneficiarão cerca de 40 mil<br />

famílias. Estes técnicos serão treina<strong>do</strong>s nos centros implanta<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>s de São<br />

Paulo, Ceará, Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Paraná, Sergipe, Paraíba, Rio Grande <strong>do</strong> Norte,<br />

223 As variedades crioulas são espécies tradicionais cultivadas por comunidades tradicionais, como povos<br />

indígenas, quilombolas e agricultores familiares. Essas variedades têm grande variabilidade genética e são<br />

melhoradas pelas comunidades e adaptadas às suas condições socioculturais e ambientais.<br />

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