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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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O diretor executivo da SPVS (Sociedade de Proteção da Vida<br />

Selvagem),.Clóvis Ricar<strong>do</strong> Schrappe Borges disserta sobre o assunto, ao salientar que<br />

trata-se de um exemplo dúbio o que está insculpi<strong>do</strong> no conceito de desenvolvimento<br />

sustentável, pois “o termo virou chavão e é hoje utiiza<strong>do</strong> por muita gente que não está<br />

nem perto de atingir esse nível de excelência. Salvo exceções, desenvolvimento<br />

sustentável é o termo <strong>do</strong> momento para justificar quase tu<strong>do</strong>, constituin<strong>do</strong>-se num <strong>do</strong>s<br />

cosméticos mais importantes para o mun<strong>do</strong> convencional enfrentar o desafio de adequar-<br />

se a um novo momento, sem realmente mudar muita coisa”. 172<br />

Além destas observações, a formulação <strong>do</strong> conceito de desenvolvimento<br />

sustentável deve se pautar pelo fato de que a noção de sustentabilidade nunca poderá ser<br />

aplicada apenas a setores isola<strong>do</strong>s da economia, pois a concatenação <strong>do</strong>s fatores<br />

produtivos, tanto em relação à indústria quanto em relação aos serviços e ao consumo,<br />

torna a divisão <strong>do</strong> sistema econômico em setores cada vez mais obsoleta, visto que as<br />

características <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong> impedem uma aplicação segmentarizada deste<br />

conceito. Deve-se, portanto, aplicar o conceito de desenvolvimento sustentável no<br />

conjunto, no sistema que envolve as relações de produção e consumo, bem como no<br />

mo<strong>do</strong> de vida da sociedade, inobstante o fato de que alguns destes setores não tenham<br />

condições intrínsecas ou extrínsecas de serem ambientalmente sustentáveis.<br />

As palavras <strong>do</strong> economista José Eli da Veiga corroboram este<br />

entendimento, pois asseveram que a continuidade das diversas civilizações dependeu<br />

muito mais “<strong>do</strong> funcionamento coordena<strong>do</strong> de seus respectivos arranjos socioeconômicos<br />

<strong>do</strong> que da fragilidade relativa de algum de seus componentes. Ou seja, pode existir<br />

sustentabilidade <strong>do</strong> conjunto sem que o mesmo ocorra necessariamente com cada uma de<br />

suas partes consideradas isoladamente. Mais <strong>do</strong> que isso: a própria sustentabilidade de<br />

um componente pode depender de suas inter-relações com outros elementos <strong>do</strong> conjunto<br />

<strong>do</strong> qual é parte. No extremo, poder-se-ia até pensar na sustentabilidade como um bom<br />

manejo de um ciclo de insustentabilidades concatenadas”. 173<br />

172 BORGES, Clóvis Ricar<strong>do</strong> Schrappe. Preda<strong>do</strong>r irreparável. Proteger o meio ambiente é uma<br />

prioridade para nós?. Jornal Voz <strong>do</strong> Paraná, Curitiba, n. 1176, 13 de agosto de 2003, p. 11.<br />

173 VEIGA, José Eli da. Obra citada, p. 209.<br />

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