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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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Esta<strong>do</strong>-nação – não podem ser completamente apaga<strong>do</strong>s pela nova escrita da<br />

modernidade. 94<br />

Partin<strong>do</strong>-se da premissa acima exposta, de que os governantes das mais<br />

importantes potências mundiais dão o seu aval às grandes empresas detentoras de<br />

biotecnologia, que apenas se preocupam com a expansão da produção, a acumulação da<br />

tecnologia, e a concentração <strong>do</strong>s crescentes merca<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, principalmente no<br />

âmbito <strong>do</strong>s países subdesenvolvi<strong>do</strong>s e em desenvolvimento, pode-se avaliar o<br />

posicionamento destas empresas em relação à moderna biotecnologia, principalmente no<br />

campo da transgenia. As transnacionais visam apenas intensificar a produção, a<br />

comercialização e o cultivo <strong>do</strong>s OGMs, fundamentan<strong>do</strong> suas decisões unilaterais com<br />

proposições matemáticas, que enfatizam a fome <strong>do</strong> terceiro mun<strong>do</strong> e as toneladas<br />

relacionadas aos acréscimos na produção, justifican<strong>do</strong>, assim, a utilização daqueles. 95<br />

Os pesquisa<strong>do</strong>res Gonzalo G. Mateos, R. Lázaro e M. I. Gracia fazem<br />

uma comparação entre a “Revolução Verde” e a moderna biotecnologia no que se refere à<br />

concentração de conhecimento pelas transnacionais e aos reais desígnios destas empresas<br />

em cada um destes momentos marcantes no cenário agrícola mundial, afirman<strong>do</strong> que a “<br />

revolução verde <strong>do</strong>s anos sessenta foi uma forma de entender a genética, desenvolvida<br />

em grande parte por grupos e organizações governamentais ou públicas e com uma<br />

filosofia dirigida a resolver os problemas agrícolas e alimentícios <strong>do</strong>s países mais pobres.<br />

Porém, a revolução atual, baseada na engenharia genética (IG) está dirigida por umas<br />

poucas empresas multinacionais privadas, cujo objetivo primário tem si<strong>do</strong> recuperar os<br />

vastos investimentos no menor tempo possível.” 96<br />

Também Maria Laura Silveira, ao descrever a atuação das empresas<br />

transnacionais sementeiras de maneira particularizada, centrada nas relações entre<br />

superfície, calendário e produtividade, revela os aspectos merca<strong>do</strong>lógicos e os efeitos<br />

nocivos que este tipo de ação traz aos países que se submetem aos desígnios da economia<br />

94 SILVEIRA, Maria Laura. Um país, uma região: fim de século e modernidades na Argentina –<br />

Modernização, meio técnico científico-informacional e ordem global. São Paulo, Fapesp; Laboplan-USP,<br />

1999, p. 148.<br />

95 SILVEIRA, Maria Laura. Idem, p. 153.<br />

96 MATEOS, G. Gonzalo; LÁZARO, R.; GRACIA, M. I., Ingredientes de Natureza Transgênica.<br />

APINCO’2000. Conferência de Ciência e Tecnologia Avícolas, Anais, v. 2, p. 198.<br />

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