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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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almejam apenas aumentar o seu merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e conseqüentemente, seus lucros;<br />

de forma a ter um retorno imediato <strong>do</strong>s investimentos com a pesquisa e o<br />

desenvolvimento de novas variedades.<br />

Assim, disseminan<strong>do</strong> suas tecnologias sem maiores critérios,<br />

pretenden<strong>do</strong> que os riscos sejam avalia<strong>do</strong>s posteriormente, negligencian<strong>do</strong> o princípio da<br />

precaução e desrespeitan<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>res e agricultores, as indústrias transnacionais<br />

sementeiras condicionam as políticas públicas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s-nação, impon<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>ção<br />

imediata e descriteriosa de suas novas tecnologias, que a cada ano sem utilização,<br />

representam enormes prejuízos para estas empresas. A liberalidade <strong>do</strong> Poder Público e a<br />

ganância ilimitada destas empresas aumentam as condicionantes <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de risco. Com<br />

base nestas premissas, no presente tópico objetivou-se estabelecer uma conexão entre a<br />

utilização da transgenia na agricultura e a teoria <strong>do</strong> risco na sociedade moderna,<br />

apontan<strong>do</strong> as tendências favoráveis e contrárias a esta tecnologia, relacionan<strong>do</strong>-as com a<br />

problematização formulada por Raffaele De Giorgi acerca <strong>do</strong> risco na sociedade pós-<br />

industrial, apresentada a seguir.<br />

1.4.1 – A tematização <strong>do</strong> risco na sociedade pós industrial segun<strong>do</strong> a ótica de<br />

Raffaele de Giorgi<br />

A formulação de De Giorgi parte da constatação de que a metafísica das<br />

grandes descrições está esgotada, os grandes acontecimentos mundiais das últimas<br />

décadas transformaram não somente a “ordem <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”, mas também a “ordem <strong>do</strong>s<br />

conceitos” ou distinções, utilizadas para descrever a ordem vigente àquela época. Tais<br />

distinções indicavam diferenças de contexto, de senti<strong>do</strong>, consideradas como potenciais<br />

evolutivos da sociedade contemporânea. Uma parte das distinções eram isoladas e<br />

apresentadas como uma condensação de senti<strong>do</strong> da própria distinção, esta operação<br />

legitimava outras operações, que produziam ulteriores condensações de senti<strong>do</strong> ou a<br />

passagem às outras partes da própria distinção.<br />

Eram operações que impunham uma representação <strong>do</strong> futuro, pois<br />

demandavam tempo na sua elaboração. Assim, a certeza <strong>do</strong> futuro era produzida no<br />

presente, pois havia a certeza da existência de um futuro cuja atualização dependeria de<br />

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