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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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atingiram a cifra de US$ 414,6 mil, enquanto que um ano após, com a utilização de<br />

OGMs, este gasto teria si<strong>do</strong> reduzi<strong>do</strong> à cifra de US$ 239,2 mil, o que corresponde a uma<br />

redução de 42% em seus custos. Além disso, a referida matéria ilustra as grandes<br />

transformações ocorridas nas empresas que se dedicavam à produção de defensivos<br />

agrícolas, que tiveram que se adequar às novas exigências ambientais, e passaram a<br />

investir em outras áreas, como a produção de OGMs. Por fim, salienta o grande<br />

percentual de movimentação financeira que os produtos agroquímicos representam, cerca<br />

de US$ 30 bilhões anualmente, além de indicar a previsão <strong>do</strong> montante a ser<br />

movimenta<strong>do</strong> no ano de 2010 pelas indústrias sementeiras internacionais, algo dem torno<br />

de US$ 20 bilhões. 176<br />

Em entrevista ao periódico Biotecnologia, Ciência & Desenvolvimento,<br />

de dezembro de 2000, o professor inglês da <strong>Universidade</strong> de Reading, David Beever 177 ,<br />

ao ser pergunta<strong>do</strong> se o cultivo de plantas geneticamentes modificadas com tolerância a<br />

herbicidas pode aumentar o uso de produtos químicos na agricultura, respondeu:<br />

Não. O cultivo dessas plantas tem demonstra<strong>do</strong> exatamente o contrário,<br />

ou seja, elas reduzem o uso de herbicidas na lavoura. Os grupos ativistas<br />

é que tentam ‘plantar’ a informação de que as plantas tolerantes a<br />

herbicidas podem aumentar o uso de produtos químicos na agricultura. É<br />

melhor ter o gene de resistência a herbicidas no genoma da planta <strong>do</strong> que<br />

aplicar maciçamente produtos químicos para combater as ervas daninhas,<br />

já que o impacto ambiental <strong>do</strong>s transgênicos, neste caso, é<br />

expressivamente menor. Na minha opinião, essa tecnologia de<br />

engenharia genética é extremamente positiva na produção de alimentos e<br />

deveria ser utilizada por to<strong>do</strong>s os países em desenvolvimento, em<br />

especial devi<strong>do</strong> às altas taxas de crescimento da população. 178<br />

Entretanto, também existem posicionamentos que divergem da<br />

opinião acima apresentada. Ao analisar o volume de herbicidas aplica<strong>do</strong>s em lavouras de<br />

soja geneticamente modificadas por um perío<strong>do</strong> mais prolonga<strong>do</strong>, o economista Victor<br />

176 Biotecnologia cria a nova agricultura. Obra citada, p. 39.<br />

177 David Beever é bacharel pela <strong>Universidade</strong> de Durnelm desde 1966, e PhD pela <strong>Universidade</strong> de<br />

Newcastle–upon-Tyne, Inglaterra, em 1969. Atualmente é professor de ciências animais e produção, <strong>do</strong><br />

Departamento de Agricultura da <strong>Universidade</strong> de Reading, e diretor <strong>do</strong> Centro de Pesquisas de Laticínios<br />

(CEDAR). Além disso, é membro da Sociedade de Nutrição; da Sociedade Britânica de Ciências Animais<br />

e da “American Dairy Science Association”, entre outras instituições, e autor de mais de 350 publicações<br />

científicas.<br />

178 BEEVER, David. Os transgênicos e o futuro da agricultura. Brasília: Revista Biotecnologia Ciência<br />

& Desenvolvimento, Dez. 2000, p. 04-08.<br />

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