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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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CAPÍTULO III – ASPECTOS POLÍTICOS<br />

3.1. – A liberalidade (ou impotencialidade?) da administração estatal<br />

A celeuma <strong>do</strong> novo milênio reside na atuação estatal, no exercício <strong>do</strong><br />

poder social, ideológico, político e jurídico, na forma como os Esta<strong>do</strong>s-nação conduzem<br />

as políticas públicas internas e externas de determina<strong>do</strong>s setores de interesse nacional,<br />

constituí<strong>do</strong>s por distintos ramos da atividade econômica. Entretanto, estas áreas não se<br />

relacionam apenas à coletividade e ao governo, pois despertam o interesse <strong>do</strong><br />

conglomera<strong>do</strong> financeiro internacional, sempre disposto a expandir a teia de seu <strong>do</strong>mínio,<br />

interferin<strong>do</strong> nas decisões políticas e delimitan<strong>do</strong> a amplitude <strong>do</strong>s poderes estatais.<br />

A mediação <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s nestes setores engloba<strong>do</strong>s pela economia de<br />

merca<strong>do</strong>, por meio de uma regulação que visa apenas o progresso econômico, sem<br />

preocupar-se com as conseqüências políticas, ambientais, sociais, culturais, para a saúde<br />

humana e animal, apenas sen<strong>do</strong> paliativo na administração <strong>do</strong> sistema, em benefício da<br />

riqueza que o mesmo gera, demonstram a fragilidade governamental ao negociar os<br />

interesses pátrios com as transnacionais.<br />

Diante desta liberalidade ou impotencialidade <strong>do</strong> Poder Público, as<br />

indústrias transnacionais utilizam-se <strong>do</strong>s países em desenvolvimento como simples<br />

merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, sem a concessão de benefícios ou contrapartidas no setor comercial<br />

ou tecnológico, mas impon<strong>do</strong> as diretrizes das políticas públicas destes países, apenas<br />

com o intuito de garantir a manutenção da economia de merca<strong>do</strong>, regida pela volatilidade<br />

<strong>do</strong> capital, expandin<strong>do</strong> assim, a lucratividade <strong>do</strong>s ramos de atividade econômica que são<br />

controla<strong>do</strong>s pelo conglomera<strong>do</strong> financeiro internacional. A manutenção deste modelo de<br />

desenvolvimento, possibilitada por uma expansão constante, é denominada, por Luiz<br />

César Ribas, de reprodução <strong>do</strong> capital internacional.<br />

O autor afirma que a manutenção e o desenvolvimento <strong>do</strong> capitalismo<br />

dependem de uma “reprodução <strong>do</strong> capital”, necessariamente dependente de sua inserção<br />

nos “merca<strong>do</strong>s emergentes”, constituí<strong>do</strong>s como “novas fronteiras para a reprodução <strong>do</strong><br />

capital”. Neste o contexto, “ o Brasil seria um <strong>do</strong>s ditos merca<strong>do</strong>s emergentes, razão pela<br />

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