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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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pois estes existem e são suficientes a to<strong>do</strong>s, mas só chegam aos governos que podem<br />

adquirí-los e mesmo assim, continuam sen<strong>do</strong> mal distribuí<strong>do</strong>s, o problema é estrutural.<br />

Ademais, os riscos para a saúde humana e o meio ambiente ainda são incalculáveis,<br />

imprevisíveis, mas presentes e não descarta<strong>do</strong>s por pesquisa alguma.<br />

Diante das assertivas anteriores, percebe-se que os posicionamentos<br />

contrários ou favoráveis à utilização imediata de determinada inovação tecnológica,<br />

particularmente no caso da transgenia, não são passíveis de verificabilidade, pois a<br />

especulação e interesse financeiro que envolvem a questão, pode tornar as opiniões<br />

parciais e as pesquisas encomendadas, sem o verdadeiro compromisso com o efetivo<br />

esclarecimento de determinada situação. Portanto, os riscos para a saúde e meio ambiente<br />

não podem ser visiona<strong>do</strong>s, mas muito menos descarta<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que a grande solução é a<br />

precaução, insculpida em princípio basilar <strong>do</strong> direito ambiental.<br />

5.1 - A probabilidade de escape gênico 181 em relação à soja geneticamente<br />

modificada<br />

Existe uma grande preocupação acerca da possibilidade de escape gênico<br />

das culturas geneticamente modificadas, o que poderia afetar as espécies nativas e mesmo<br />

contaminar, de maneira indesejada, outras culturas convencionais. Em matéria de<br />

responsabilidade da Radiobrás e veiculada pelo periódico eletrônico Ambiente Brasil, o<br />

presidente <strong>do</strong> Instituto Biodinâmico (IBD), maior certifica<strong>do</strong>r de alimentos orgânicos no<br />

Brasil, Alexandre Arcari, comenta a Medida Provisória n. 233 <strong>do</strong> Governo <strong>Federal</strong>, que<br />

autorizou o cultivo de soja geneticamente modificada sem tomar as devidas precauções<br />

para que o escape gênico ocorra.<br />

180 USDA. Departamento de Agricultura <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. As Promessas das Plantas da<br />

Biotecnologia. Disponível na Internet via WWW.URL: http://www.nal.usda.gov/bic. Acesso em: 05 abr.<br />

2001.<br />

181 Para haver escape gênico é necessário que ocorra fluxo gênico, que pode ser defini<strong>do</strong> como a troca de<br />

alelos entre indivíduos, ou seja, a transferência de alelos de uma variedade/espécie para outra. O fluxo<br />

gênico pode ocorrer por meio de semente ou por dispersão de pólen. Ainda, pode-se classificar o fluxo<br />

gênico como vertical (quan<strong>do</strong> envolve cultivares e/ou populações da mesma espécie) ou horizontal<br />

(quan<strong>do</strong> envolve a hibridação entre espécies diferentes, aparentadas ou não).<br />

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