16.04.2013 Views

BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Nacional Bruto”. Por fim, destaca a ausência das pesquisas comportamentais das<br />

“pessoas ao adquirir renda, consumir e investir”, como subsídio fundamental no<br />

levantamento das análises econômicas. 83<br />

Se formula<strong>do</strong> um histórico da moderna ciência econômica mundial, nos<br />

últimos trezentos anos, percebe-se que, desde o século XVIII, com Sir Willian Petty,<br />

amigo de Isaac Newton, passan<strong>do</strong> pelos mercantilistas , por John Locke, por Quesnay e<br />

os fisiocratas e chegan<strong>do</strong> até Adam Smith, David Ricar<strong>do</strong>, Karl Marx, John Stuart Mill e<br />

John Maynard Keynes, os fundamentos newtonianos e cartesianos permeiam a ciência<br />

econômica, bem como a fundamentação antropocêntrica serve de substrato para as<br />

considerações destes autores. Foram a partir destas bases teóricas, que surgiram as<br />

escolas econômicas mais recentes.<br />

Já no século XX, o modelo Keynesiano foi totalmente assimila<strong>do</strong> pela<br />

principal corrente <strong>do</strong> pensamento econômico, que também ignorava a estrutura detalhada<br />

da economia e a natureza quantitativa de seus problemas. Em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s anos 70, os<br />

resulta<strong>do</strong>s da economia Keynesiana se tornaram evidentes e incontestáveis. Fritjof Capra<br />

trabalha a problemática, anuncian<strong>do</strong> a insuficência deste modelo econômico e<br />

prenuncian<strong>do</strong> o seu esgotamento. O autor afirma que “o modelo Keynesiano é hoje<br />

inadequa<strong>do</strong> porque ignora muitos fatores que são fundamentais para a compreensão da<br />

situação econômica. Ele se concentra na economia interna, dissocian<strong>do</strong>-a da rede<br />

econômica global e desprezan<strong>do</strong> os acor<strong>do</strong>s econômicos internacionais; negligencia o<br />

esmaga<strong>do</strong>r poder político das empresas multinacionais, não dá atenção às condições<br />

políticas e ignora os custos sociais e ambientais das atividades econômicas”. Salienta, por<br />

fim, acerca de sua inconsistência, que “a abordagem Keynesiana pode fornecer um<br />

conjunto de possíveis roteiros, mas não pode formular previsões específicas. Tal como<br />

ocorre com a maior parte <strong>do</strong> pensamento econômico cartesiano, ela durou mais <strong>do</strong> que<br />

sua utilidade justifica”. 84<br />

Inobstante as escolas econômicas mais recentes se utilizem de inúmeras<br />

denominações, “síntese neoclássica-keynesiana”, “pós-keynesiana”, “escola de Chicago”,<br />

a abordagem <strong>do</strong>s problemas continua embasada nos mesmos princípios científicos de<br />

83 CAPRA, Fritjof. Idem, p. 183.<br />

PDF created with FinePrint pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!