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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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proteção ambiental), das premissas estéticas que norteiam a conduta humana (a beleza da<br />

natureza como mote para a preservação), de prolegômenos culturais que exigem a<br />

proteção ambiental (a defesa <strong>do</strong> habitat natural e cultural de populações nativas), ou<br />

mesmo em virtude de valores recreacionais com justificativa de proteção ambiental ( o<br />

ecoturismo e suas vertentes), e não tentan<strong>do</strong> estabelecer um novo modelo de organização<br />

e desenvolvimento, basea<strong>do</strong> em novos parâmetros de inter-relacionamento <strong>do</strong> ser humano<br />

com os demais componentes <strong>do</strong> ecossistema. 49<br />

Inobstante hajam estas perspectivas sombrias de aceitação da natureza<br />

apenas como maneira de usufruir dela, uma outra corrente começa a estabelecer os seus<br />

princípios e pressupostos, o ecocentrismo, que engloba também o biocentrismo,<br />

pressupon<strong>do</strong> uma relação de interação e convivência com os demais seres vivos que<br />

habitam a Terra, uma relação de harmonia, coexistência e proteção <strong>do</strong> ser humano frente<br />

aos diversos ecossistemas que dão a sustentabilidade necessária ao frágil equilíbrio da<br />

vida, inclusive humana, em nosso planeta. Para Arnal<strong>do</strong> Moraes Go<strong>do</strong>y: “O biocentrismo<br />

inspira uma ética <strong>do</strong> equilíbrio, que tem como certa a premissa que confere validade à<br />

preservação da integridade, estabilidade e beleza da comunidade biótica. É um erro<br />

comportar-se de outra forma. Por vias transversas, submete-se o individualismo ao bem<br />

geral.” 50<br />

Tal mudança de concepção está sen<strong>do</strong> erigida em virtude de parâmetros<br />

econômicos (escassez de recursos naturais); científicos (teoria sistêmica e teoria <strong>do</strong><br />

risco); socioeconômicos (deterioração da qualidade de vida humana); culturais<br />

(consumismo exacerba<strong>do</strong>); tecnológicos (desenvolvimento tecnológico desenfrea<strong>do</strong>) e<br />

políticos (relacionamento entre os Esta<strong>do</strong>s desenvolvi<strong>do</strong>s e subdesenvolvi<strong>do</strong>s), entre<br />

outros. 51<br />

Note-se que as relações da sociedade com o mun<strong>do</strong> natural já há muito<br />

vêm sen<strong>do</strong> estudadas e questionadas por pensa<strong>do</strong>res de diversas ciências, em<br />

posicionamentos que perqueriam o mo<strong>do</strong> como o ser humano se comportava,<br />

culturalmente, religiosamente e economicamente em relação à natureza, o que vêm sen<strong>do</strong><br />

49 ALMEIDA JÚNIOR, José Maria G. Idem, p. 21.<br />

50 ALMEIDA JÚNIOR, José Maria G. Obra citada, local cita<strong>do</strong>.<br />

51 MILARÉ, Edis; COIMBRA, José de Ávila Aguiar. Obra citada, p. 09-10.<br />

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