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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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outrora; as variantes, as externalidades, principalmente de cunho ambiental e social, não<br />

são leva<strong>do</strong>s em consideração nas correntes <strong>do</strong>minantes da ciência econômica mundial,<br />

como atesta Joan Martinez Alier: “nem a história econômica neoclássica nem a história<br />

econômica de raiz shumpeteriana incluíram, até agora, os aspectos ecológicos.”. 85<br />

Enumeran<strong>do</strong> as incompreensões da ciência econômica no contexto da<br />

revolução tecnológica, Joan Martínez Alier, dá tom à crítica acerca da incapacidade desta<br />

ciência analisar as implicações intrínsecas à questão, alardean<strong>do</strong> o caminho que deve ser<br />

toma<strong>do</strong> para uma avaliação eficaz . Segun<strong>do</strong> ele, os economistas não analisam as<br />

“externalidades”, que encaradas como benefícios ou prejuízos, não são considera<strong>do</strong>s na<br />

aferição <strong>do</strong>s preços de merca<strong>do</strong>.<br />

Na concepção <strong>do</strong>s economistas convencionais ou <strong>do</strong>s historia<strong>do</strong>res<br />

econômicos, adeptos da economia neoclássica, os “substitutos ou complementos <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> podem dar preço às ‘externalidades’, aproximan<strong>do</strong>, pois, os custos priva<strong>do</strong>s e os<br />

custos sociais (impostos pigouvianos? O estabelecimento de direitos de propriedade<br />

sobre um ambiente e um merca<strong>do</strong> coasiano (de Coase) de ‘externalidades’?)”, o que não<br />

reflete, na opinião <strong>do</strong>s críticos a este modelo, parâmetros eficazes de preservação<br />

ambiental aliada à sustentabilidade <strong>do</strong> modelo de desenvolvimento. Segun<strong>do</strong> estes, “a<br />

avaliação crematística de externalidades irreversíveis e incertas, por meio de instituições<br />

que imitam ou complementam o merca<strong>do</strong> é uma quimera, porque os não-nasci<strong>do</strong>s não<br />

podem participar de nenhuma transação autêntica ou fictícia, e as outras espécies<br />

tampouco podem acudir ao merca<strong>do</strong>. Os elementos da economia são incomensuráveis,<br />

não existe uma única medida de valor (MARTINEZ ALIER et SCHLUPMANN, 1991,<br />

cap. 10; O’NEILL, 1993)”. 86<br />

Joan Martínez Alier alavanca a insuficiência das concepções das ciências<br />

atuais para responder às demandas ambientais e sociais <strong>do</strong> presente e <strong>do</strong> futuro,<br />

anuncian<strong>do</strong> um novo entendimento <strong>do</strong>s atuais problemas, visto que “a:percepção social<br />

84<br />

CAPRA, Fritjof. Idem, p. 203.<br />

85<br />

MARTÍNEZ ALIER, Joan. Da economia ecológica ao ecologismo popular. Tradução de Arman<strong>do</strong> de<br />

Melo Lisboa. Blumenau: FURB, 1998, p. 242.<br />

86<br />

MARTÍNEZ ALIER, Joan. Obra citada, local cita<strong>do</strong>.<br />

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