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BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

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Do excerto retira<strong>do</strong> de matéria veiculada pelo periódico Seed News, de<br />

setembro de 1997, intitulada a “Biotecnologia cria a nova agricultura”, pode-se<br />

recuperar um histórico da utilização internacional da soja geneticamente modificada, o<br />

que revela o pouco tempo de exposição que o mun<strong>do</strong> tem a estas variedades e deficitária<br />

minimização <strong>do</strong>s riscos que pode ser feita. Note-se que a primeira exportação conten<strong>do</strong><br />

soja geneticamente modificada foi realizada em 1996 pelos EUA, ten<strong>do</strong> como critério de<br />

análise da equivalência substancial, mas sem atentar-se para os aspectos econômicos,<br />

ambientais e sociais que a utilização da nova cultivar poderia ocasionar nos países<br />

importa<strong>do</strong>res. 132<br />

Esta ausência de regulamentação e de testes criteriosos que<br />

disponibilizassem resulta<strong>do</strong>s mais facctíveis na análise <strong>do</strong>s efeitos que estas novas<br />

variedades geneticamente modificadas podem ocasionar fez com que a Comunidade<br />

Econômica Européia, por meio de 15 países, realiza-se um bloqueio ou boicote<br />

preventivo à importação destas variedades. Muitos outros países, como o Japão, a Coréia<br />

<strong>do</strong> Sul, a Nova Zelândia, a Autrália e a Ïndia, também aderissem à negativa de<br />

importação da soja geneticamente modificada. Desta forma, após 04 anos de recusa<br />

generalizada <strong>do</strong>s alimentos e produtos OGMs entre os agricultores e consumi<strong>do</strong>res de<br />

várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, os EUA, maior produtor mundial de OGMS, reduziu em 25% a<br />

superfície cultivada, sen<strong>do</strong> que as exportações caíram de 360 milhões de dólares para<br />

praticamente zero na safra de 2001.<br />

Desta forma, se é fato notório perante a comunidade científica<br />

internacional, seudun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s alardea<strong>do</strong>s pelo conglomera<strong>do</strong> sementeiro internacional,<br />

de que mais de 25.000 testes, em mais de 60 safras, em 45 países 133 , foram feitos e que<br />

não foram comprova<strong>do</strong>s os possíveis malefícios causa<strong>do</strong>s pelos OGMS, , qual seria o<br />

motivo alega<strong>do</strong> pelo Comitê Científico da União Européia, sedia<strong>do</strong> em Bruxelas, para<br />

vetar a importação de 200 milhões de dólares em milho americano? A resposta não se<br />

tornou conhecida <strong>do</strong> grande público, mas despertou inúmeras consequências, visto que<br />

diversos países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> aderiram ao boicote europeu, o que fez os EUA ter uma<br />

132 Biotecnologia cria a nova agricultura. Obra citada, p. 34.<br />

133 READER' S DIGEST, out. 2000, p. 100-103.<br />

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