16.04.2013 Views

BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

BRUNO GASPARINI CURITIBA 2005 - Universidade Federal do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CAPÍTULO X - ANÁLISE DO MODELO DE REGULAÇÃO (AGÊNCIAS<br />

REGULADORAS) ADOTADO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E NO<br />

BRASIL<br />

10.1 – O modelo brasileiro de regulação 289<br />

É importante salientar que, muito embora se tenha discuti<strong>do</strong> a criação de<br />

uma agência regula<strong>do</strong>ra brasileira para ser responsável pelos assuntos referentes à<br />

biotecnologia e biossegurança, tal fato não ocorreu, pois com a definitiva regulamentação<br />

da Política Nacional de Biossegurança e a edição da Lei 11.105/<strong>2005</strong>, a Comissão<br />

Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) foi mantida como o órgão responsável por<br />

estas questões. Inobstante a referida Comissão apresente alguns <strong>do</strong>s caracteres exclusivos<br />

das agências regula<strong>do</strong>ras, como a competência técnica exclusiva e a autonomia para<br />

decidir as questões sobre biossegurança, poden<strong>do</strong> mesmo expedir as licenças e<br />

autorizações pertinentes ao assunto, não apresenta a natureza jurídica de agência<br />

regula<strong>do</strong>ra. Mesmo assim, é fundamental visualizar os parâmetros <strong>do</strong> modelo brasileiro<br />

de regulação, para que se possa delimitar e comparar com o modelo norte-americano, este<br />

sim, responsável pelas questões que envolvem os OGMs naquele país.<br />

10.1.1 – Poder regulamentar<br />

Para explicar a natureza jurídica da atividade regulamentar, é possível<br />

apontar 02 teorias, que aludem a uma competência originária ou inerente ao Executivo<br />

(tese <strong>do</strong>s poderes próprios), ou a uma competência derivada, prescrita em lei e que deve<br />

ser exercida nos termos por ela estabeleci<strong>do</strong>s (tese da delegação de poderes). A primeira<br />

corrente, a de Diógenes Gasparini e Sérgio de Andréa Ferreira, denominada expansiva,<br />

defende a tese de que a potestade regulamentar é inerente ao Executivo, não constituin<strong>do</strong><br />

em atribuição a ele delegada. Inicialmente, o poder regulamentar consiste na atribuição<br />

que possui o Executivo de editar normas jurídicas.<br />

289 Para uma melhor compreensão <strong>do</strong> assunto, consultar as seguintes obras: CAMARGO, Ricar<strong>do</strong> Antônio<br />

Lucas. Agências de regulação no ordenamento jurídico-econômico brasileiro. Porto Alegre: Sérgio<br />

Antônio Fabris Editor, 2000. ; CUÉLLAR, Leila. As agências regula<strong>do</strong>ras e seu poder normativo. São<br />

Paulo: Dialética, 2001.; NUNES, Simone Lahorgue. Os fundamentos e os limites <strong>do</strong> poder regulamentar<br />

no âmbito <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> financeiro. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.<br />

PDF created with FinePrint pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!