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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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90 A Matriz de uma Transformação <strong>Linear</strong> Seção 8<br />

Observemos agora que toda matriz de passagem é invertível.<br />

Com efeito, se p é a matriz de passagem da base V para a base V ′<br />

então p é também a matriz (em relação à base V) do operador linear<br />

P: E → E, tal que Pv j = v ′ j<br />

(j = 1,...,n), o qual é invertível porque<br />

leva uma base numa base.<br />

Assim, da igualdade ap = qa ′ podemos concluir<br />

a ′ = q −1 ap.<br />

Esta é a fórmula que nos dá a matriz a ′ deAnas basesV ′ , W ′ em<br />

função da matriz a de A nas bases V, W. No caso particular de um<br />

operador A: E → E e de suas matrizes a, a ′ relativas às bases V, V ′ ,<br />

temos uma única matriz de passagem p, que nos dá<br />

a ′ = p −1 ap.<br />

As duas matrizes quadradas a e p −1 ap dizem-se semelhantes.<br />

Assim, as matrizes do mesmo operador em relação a bases diferentes<br />

são semelhantes. Vale também a recíproca: se a e a ′ = p −1 ap são<br />

matrizes n × n semelhantes então existe um operador A: R n → R n<br />

tal que a e a ′ são matrizes de A relativamente a bases distintas<br />

de R n .<br />

Com efeito, dadas a e a ′ = p −1 ap, consideramos o operador<br />

A: R n → R n cuja matriz na base canônica E de R n é a. Em seguida,<br />

consideramos a base E ′ ⊂ R n , obtida da base canônica pela matriz<br />

de passagem p. Então a ′ é a matriz de A na base E ′ .<br />

Para efeitos práticos é útil observar que se V = {v 1 ,...,v n } é uma<br />

base em R n então a matriz de passagem da base canônica para V é<br />

aquela cujas n colunas são os vetores v 1 ,...,v n .<br />

Exemplo 8.4. Seja A: R 2 → R 2 o operador linear que consiste na<br />

reflexão em torno da reta y = ax. Como se viu no Exemplo 4.4, a<br />

matriz de A relativamente à base canônica de R 2 é<br />

⎡<br />

⎢<br />

a = ⎣<br />

⎤<br />

1−a 2 2a<br />

1+a 2 1+a 2<br />

⎥<br />

2a a 2 −1<br />

1+a 2 1+a 2<br />

Seja V = {v 1 ,v 2 } ⊂ R 2 a base formada pelos vetores v 1 = (1,a) e<br />

v 2 = (−a,1). Para todo vetor v = (x,y) ∈ R 2 , temos<br />

( )<br />

1−a<br />

2<br />

2a<br />

A(x,y) = x+<br />

1+a2 1+a 2 y, 2a<br />

1+a 2 x+ a2 −1<br />

1+a 2 y ,<br />

⎦ .

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