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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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148 Subespaços Invariantes Seção 12<br />

Demonstração: Seja n = dim E. Como dim L(E) = n 2 , os<br />

n 2 + 1 operadores I,A,...,A n2 são linearmente dependentes. Portanto<br />

existem números reais α o ,...,α n 2, não todos nulos, tais que<br />

α o I+α 1 A+···+α n 2A n2 = 0. Sejaα m o coeficiente não-nulo de maior<br />

índice nesta expressão. Dividindo-a por α m , obtemos um polinômio<br />

mônico p(x) = β o + β 1 x + ··· + β m−1 x m−1 + x m tal que p(A) = 0.<br />

Sabemos que existe uma fatoração p(x) = p 1 (x)·p 2 (x)···p k (x), onde<br />

cada p i é um polinômio mônico irredutível de grau 1 ou 2. Temos<br />

p 1 (A) · p 2 (A)···p k (A) = 0. Logo, pelo menos um dos operadores<br />

p i (A) não é invertível. Assim, existe um vetor não-nulov ∈ E tal que<br />

p i (A)·v = 0.<br />

Teorema 12.1. Todo operador linear num espaço vetorial de dimensão<br />

finita possui um subespaço invariante de dimensão 1 ou 2.<br />

Demonstração: DadoA: E → E, sejampopolinômio ev ∈ E o vetor<br />

não-nulo dados pelo lema, com p(A) · v = 0. Se p(x) = x − λ então<br />

Av − λv = 0, donde Av = λv, logo a reta que passa pela origem e<br />

contém v é um subespaço invariante por A, de dimensão 1. Se p tem<br />

grau 2, p(x) = x 2 +ax+b, então A 2 v+aAv+bv = p(A)·v = 0, logo<br />

A(Av) = −aAv−bv. Isto mostra que o subespaço gerado por v e Av<br />

é invariante por A. Além disso, v e Av são L.I. pois se tivéssemos<br />

Av = λv então<br />

0 = A 2 v+aAv+bv = λ 2 v+aλv+bv = (λ 2 +aλ+b)v,<br />

donde λ 2 +aλ+b = 0, uma contradição pois p(x) = x 2 +ax+b não<br />

tem raiz real. Logo o subespaço invariante gerado por v e Av tem<br />

dimensão 2.<br />

Um operador linear num espaço vetorial de dimensão n admite<br />

no máximo n autovalores distintos. Isto é conseqüência do<br />

Teorema 12.2. A autovalores diferentes do mesmo operador correspondem<br />

autovetores linearmente independentes.<br />

Demonstração: Dado o operador linear A: E → E, sejam v 1 ,...,v m<br />

vetores não-nulos em E tais que Av 1 = λ 1 v 1 ,...,Av m = λ m v m , onde<br />

os números reais λ 1 ,...,λ m são dois a dois diferentes. Provaremos,<br />

por indução, que esses vetores são L.I. . A afirmação é óbvia quando<br />

m = 1. Supondo-a verdadeira para m − 1 vetores, inferiremos daí

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