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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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292 Espaços Vetoriais Complexos Seção 21<br />

Vemos então que det A r = det c ≥ 0, valendo det A r = 0 se,<br />

e somente se, det A = det m = 0. Vemos também que det A r =<br />

| det A| 2 .<br />

Noutras palavras, dada a matriz n×n complexa m = [a kj +ib kj ],<br />

formamos as matrizes reais a = [a kj ], b = [b kj ] ∈ M(n×n) e<br />

[ ] a −b<br />

c = ∈ M(2n×2n).<br />

b a<br />

Vale então det c = | det m| 2 .<br />

Mais uma exibição de força do Teorema 21.3 é o seu uso para<br />

demonstrar a versão geral do Teorema Espectral para operadores<br />

complexos, conforme faremos agora.<br />

Um operador C-linear A: E → E num espaço vetorial complexo,<br />

de dimensão finita, chama-se normal quando comuta com seu adjunto,<br />

isto é, quando cumpre a condição AA ∗ = A ∗ A. Analogamente,<br />

uma matriz quadrada a chama-se normal quando aa ∗ = a ∗ a.<br />

Evidentemente um operador é normal se, e somente se, sua matriz<br />

relativamente a uma (e portanto a qualquer) base ortonormal é<br />

uma matriz normal.<br />

Teorema Espectral para operadores complexos. Seja E um<br />

espaço vetorial complexo, munido de um produto interno hermitiano.<br />

Um operador C-linear A: E → E é normal se, e somente se, existe em<br />

E uma base ortonormal formada por autovetores de A.<br />

Versão matricial do Teorema Espectral. Seja a matriz a ∈<br />

M(n × n;C). A fim de que exista uma matriz unitária u tal que<br />

d = u ∗ au é diagonal é necessário e suficiente que a ∗ a = aa ∗ .<br />

Demonstração: Continuando com a veia matricial que tem predominado<br />

nestas últimas páginas, provaremos a segunda versão, claramente<br />

equivalente à primeira. Seja u uma matriz unitária tal<br />

que t = u ∗ au seja triangular. Tomando adjuntas, vem t ∗ = u ∗ a ∗ u.<br />

Multiplicando membro a membro: tt ∗ = u ∗ auu ∗ a ∗ u = u ∗ aa ∗ u.<br />

Fazendo a mesma multiplicação na ordem inversa: t ∗ t = u ∗ a ∗ au.<br />

Como aa ∗ = a ∗ a, concluímos que t ∗ t = tt ∗ . Ora, sendo triangular<br />

e normal, t deve ser diagonal. (compare (tt ∗ ) ii com (t ∗ t) ii para<br />

i = 1, depois i = 2, etc.) Assim u ∗ au é diagonal. Reciprocamente, se<br />

d = u ∗ au é diagonal então dd ∗ = d ∗ d, o que nos dá imediatamente

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