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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 21 Espaços Vetoriais Complexos 289<br />

Teorema 21.3. Todo operador C-linear A: E → E é triangularizável.<br />

A demonstração é a mesma do Teorema 20.1. Só que agora não<br />

é necessário fazer hipótese adicional sobre A porque todo operador<br />

linear complexo tem autovetor.<br />

Como anteriormente, vale a importante observação de que se E<br />

possui produto interno hermitiano, o enunciado acima pode ser tornado<br />

mais preciso: existe uma base ortonormal U ⊂ E na qual a<br />

matriz deAétriangular superior (ou inferior, se assim o quisermos).<br />

A versão matricial desse teorema é: para toda matriz complexa<br />

a existe uma matriz unitária u tal que u ∗ au = u −1 au = t é uma<br />

matriz triangular.<br />

Vejamos, a seguir, algumas conseqüências do Teorema 21.3. Na<br />

primeira delas, temos um operador linear A: E → E num espaço<br />

vetorial complexo E.<br />

Teorema de Cayley-Hamilton. Se p A é o polinômio característico<br />

do operador C-linear A: E → E então p A (A) = 0.<br />

Demonstração: segue exatamente a linha da demonstração do Teorema<br />

20.2 pois, em virtude do Teorema 21.3, todo operadorC-linear<br />

é triangularizável.<br />

Evidentemente, vale uma versão matricial de Cayley-Hamilton.<br />

Para toda matriz a ∈ M(n × n;C), o polinômio característico p a (λ)<br />

é exatamente o polinômio p A (λ), onde A: C n → C n é o operador C-<br />

linear que tem matriz a na base canônica. Tem-se também p a = p A<br />

para qualquer operador C-linear A: E → E cuja matriz, relativamente<br />

a uma base arbitrária emE, seja igual a a. Qualquer que seja<br />

o polinômio q(λ), vemos que q(a) ∈ M(n×n;C) é a matriz do operadorq(A)<br />

na mesma base relativamente à qual a é a matriz deA. Portanto,<br />

se p a é o polinômio característico da matriz a ∈ M(n×n;C),<br />

tem-se p a (a) = 0.<br />

Se acontecer de a matriz a ser real, seu polinômio característico<br />

p a é um polinômio real e ainda assim se tem p a (a) = 0, pois todo<br />

número real é complexo. Segue-se daí o<br />

Teorema de Cayley-Hamilton para operadores reais. Seja<br />

A: E → E um operador linear num espaço vetorial real E. Se p A é<br />

seu polinômio característico, tem-se p A (A) = 0.

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