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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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164 Operadores Auto-Adjuntos Seção 13<br />

para i ≠ j, portanto<br />

〈Bv,w〉 =<br />

r∑ √<br />

λi 〈v i ,w i 〉 = 〈v,Bw〉 e 〈Bv,v〉 =<br />

i=1<br />

r∑<br />

i=1<br />

√<br />

λi |v i | 2 .<br />

LogoBéum operador não-negativo. Além disso, é claro queB 2 v = Av<br />

para todo v ∈ E, logo B é uma raiz quadrada de A. Para provar que<br />

é única a raiz quadrada não-negativa de A, começamos observando<br />

que toda raiz quadrada de A comuta com A. Com efeito, se C 2 = A<br />

então AC = C 2 C = CC 2 = CA. A observação seguinte é que se C<br />

comuta com A então cada um dos auto-subespaços de A é invariante<br />

por C. Com efeito,<br />

v ∈ E λi ⇒ Av = λ i v ⇒ A(Cv) = C(Av) = C(λ i v) = λ i (Cv),<br />

logo Cv ∈ E λi .<br />

Mais uma observação: se C é uma raiz quadrada não-negativa<br />

de A então, para cada i = 1,...,r, o único autovalor da restrição de<br />

C a E λi é √ λ i . Com efeito, se w ∈ E λi é autovetor de C, digamos com<br />

Cw = γ·w, então λ i w = Aw = C 2 w = γ 2 ·w, logo λ i = γ 2 e γ = √ λ i .<br />

Agora o argumento final: seja C uma raiz quadrada não-negativa de<br />

A. Cada auto-subespaçoE λi é invariante pelo operador auto-adjunto<br />

C e o único autovalor de C em E λi é √ λ i . Logo Cw = √ λ i · w para<br />

todo w ∈ E λi . Então, dado v = v 1 +···+v r , com v 1 ∈ E λ1 ,...,v r ∈ E λr ,<br />

tem-se<br />

Cv = √ λ 1 ·v 1 +···+ √ λ r ·v r<br />

portanto C coincide com o operador B acima definido. A afirmação<br />

sobre a positividade da raiz quadrada é óbvia.<br />

Observação 1: Um dos argumentos acima usados permite mostrar<br />

que se dois operadores auto-adjuntos A, B comutam então eles têm<br />

um autovetor comum. Com efeito, seja λ 1 um autovalor de A. Como<br />

vimos acima, a hipótese AB = BA implica que o subespaço E λ1 =<br />

{v ∈ E;Av = λ 1 v} é invariante por B. Pelo corolário do Teorema<br />

13.5, o operador auto-adjunto B possui um autovetor w ∈ E λ1 . Mas<br />

todo vetor não-nulo em E λ1 é autovetor de A. Logo w é autovetor<br />

comum de A e B. Usando repetidamente o Teorema 13.2 conclui-se<br />

então que se dois operadores auto-adjuntos comutam então existe<br />

uma base ortonormal formada por autovetores de ambos.

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