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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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11<br />

A Adjunta<br />

Mostraremos, nesta seção, como o produto interno nos permite associar<br />

a cada transformação linear A: E → F uma nova transformação<br />

A ∗ : F → E, chamada a adjunta de A. (Em espaços sem produto interno<br />

também existe uma noção de adjunta, mas aí se trata de uma<br />

transformação linear F ∗ → E ∗ , do dual de F no dual de E. O produto<br />

interno nos dá condição de permanecer com E e F. Isto é particularmente<br />

interessante no caso de um operador linear A: E → E.) A<br />

adjunta nos dá, por assim dizer, uma visão da transformação A sob<br />

um novo ângulo. Essa mudança de ponto de vista é reveladora, especialmente<br />

quando ocorre a existência de relações entre A e A ∗ .<br />

Sejam dim E = n e dim F = m. Vimos na Seção 8 que a escolha<br />

de bases em E e F determina um isomorfismo ϕ: L(E;F) → M(m ×<br />

n), portanto o espaço vetorial L(E;F) das transformações lineares<br />

de E em F tem dimensão mn. Em particular, o espaço E ∗ = L(E;R)<br />

cujos elementos são os funcionais linearesf: E → R, chamado espaço<br />

dual de E, tem dimensão n. Isto implica que E ∗ é isomorfo a E.<br />

Na realidade, dada uma base V = {v 1 ,...,v n } ⊂ E, existe uma base<br />

V ∗ = {v ∗ 1 ,...,v∗ n} ⊂ E ∗ , chamada base dual de V, onde, por definição,<br />

para cada vetor v = Σα i v i ∈ E, tem-se v ∗ i (v) = α i. (A verificação<br />

de que V ∗ ⊂ E ∗ é uma base pode ser feita diretamente ou então<br />

mediante a observação de que ϕ(v ∗ i ) = e i = i-ésimo elemento da<br />

base canônica de R n , onde ϕ: E ∗ → M(1 × n) = R n é o isomorfismo

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