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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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288 Espaços Vetoriais Complexos Seção 21<br />

é simétrico.<br />

Uma matriz u ∈ M(n×n;C) chama-se unitária quando u ∗ = u −1 .<br />

Para que isto aconteça basta que u ∗ u = I n , ou que uu ∗ = I n . A primeira<br />

destas igualdades significa que as colunas de u formam uma<br />

base ortonormal de C n (relativamente ao produto interno hermitiano).<br />

A segunda assegura a mesma propriedade para as linhas de<br />

u. As matrizes unitárias reais são as ortogonais.<br />

Feitas essas observações de caráter geral, passemos a tirar proveito<br />

da estrutura complexa.<br />

O determinante e o polinômio característico, como não têm nada<br />

a ver com produto interno, se definem de modo análogo ao caso real.<br />

Segundo o Teorema Fundamental da Á<strong>lgebra</strong>, todo polinômio<br />

p(λ) = a o +a 1 λ+···+a n λ n<br />

com coeficientes complexos a o ,...,a n (em particular, com coeficientes<br />

reais), com a n = (−1) n , se decompõe como produto<br />

p(λ) =<br />

n∏<br />

(λ k −λ)<br />

k=1<br />

de fatores do primeiro grau. Os números complexos λ 1 ,...,λ n , não<br />

necessariamente distintos, são as raízes do polinômio p, cada um<br />

deles comparecendo na listaλ 1 ,...,λ n um número de vezes chamado<br />

sua multiplicidade como raiz do polinômio. A multiplicidade de λ k é<br />

m se, e somente se, m é o maior inteiro tal que p(λ) é divisível por<br />

(λ k −λ) m .<br />

Seja p A (λ) = det(A − λI) o polinômio característico do operador<br />

C-linear A: E → E. O número complexo λ o é uma raiz de p A se, e<br />

somente se, o operador A−λ o I é não-invertível, ou seja, existe v ≠ 0<br />

em E tal que Av = λ o v. Portanto, para espaços vetoriais complexos,<br />

as raízes características de um operador A: E → E coincidem com<br />

os autovalores desse operador. Como as primeiras sempre existem,<br />

segue-se que todo operador C-linear possui autovalores (que podem<br />

ser reais ou complexos).<br />

A existência de autovetores nos espaços vetoriais complexos implica<br />

a seguinte versão fortalecida do Teorema 20.1, da qual decorrerão<br />

todas as conclusões a que chegaremos nesta seção.

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