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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 22 Equações a Diferenças Finitas 309<br />

22.B. Uma Aplicação do Teorema de Cayley-Hamilton<br />

Uma forma alternativa de calcular as potências sucessivas A k do<br />

operador linear A: E → E com dim E = n, consiste em observar<br />

que, em conseqüência do Teorema de Cayley-Hamilton, basta que se<br />

considerem os expoentes k ≤ n−1. Com efeito, se<br />

p A (λ) = (−1) n λ n +a n−1 λ n−1 +···+a 1 λ+a o<br />

é o polinômio característico do operador linear A, segue-se de<br />

p A (A) = 0 que<br />

A n = ±(a n−1 A n−1 +···+a 1 A+a o I).<br />

Usaremos este fato para calcular as potênciasA k de um operador<br />

linearA: E → E, onde dim E = 2. Neste caso, o grau do polinômio característico<br />

p A (λ) sendo igual a 2, segue-se que o resto da divisão de<br />

λ k por p A (λ), para todo k ≥ 2, tem a forma αλ+β. (Por simplicidade,<br />

escrevemos α, β em vez de α k , β k .) Podemos portanto escrever<br />

donde<br />

λ k = p A (λ)·q(λ)+αλ+β,<br />

A k = p A (A)·q(A)+αA+βI.<br />

Como p A (A) = 0, segue-se que A k = αA+βI.<br />

Para encontrar α e β, suponhamos inicialmente que as raízes<br />

características λ 1 e λ 2 sejam distintas. Por definição, temos p A (λ 1 ) =<br />

p A (λ 2 ) = 0 logo da identidade λ k = p A (λ)·q(λ)+αλ+β resultam as<br />

igualdades:<br />

αλ 1 +β = λ k 1<br />

αλ 2 +β = λ k 2 .<br />

Como estamos supondo λ 1 ≠ λ 2 , temos acima um sistema determinado,<br />

que nos permite obter valores únicos para α e β. Observe<br />

que este argumento vale, inclusive, quando as raízes características<br />

λ 1 e λ 2 são números complexos. Neste caso, usa-se a forma trigonométrica<br />

para calcular as potências λ k 1 e λk 2<br />

e vê-se que as soluções<br />

α, β do sistema acima são números reais.<br />

Consideremos agora o caso em que o polinômio característico<br />

p A (λ) do operador linear A possui uma raiz (real) dupla λ 1 . Então

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