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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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146 Subespaços Invariantes Seção 12<br />

dutíveis do primeiro e do segundo graus. (Lembramos que se chama<br />

mônico um polinômio no qual o coeficiente do termo de mais alto<br />

grau é igual a 1 e que um polinômio irredutível do segundo grau não<br />

admite raiz real.)<br />

O teorema a ser demonstrado significa que existe em E um subespaço<br />

vetorial de dimensão 1 ou 2, invariante por A de acordo com<br />

a seguinte definição.<br />

Diz-se que um subespaço vetorial F ⊂ E é invariante pelo operador<br />

linear A: E → E quando A(F) ⊂ F, isto é, quando a imagem Av<br />

de qualquer vetor v ∈ F é ainda um vetor em F.<br />

SeFéum subespaço invariante do operadorA: E → E, a restrição<br />

de A aos vetores de F define um operador que, salvo quando houver<br />

perigo de confusão, indicaremos com a mesma notação A: F → F.<br />

Assim, a existência de um subespaço invariante permite o estudo de<br />

um operador mais simples, por estar definido num domínio menor.<br />

Exemplo 12.1. Os subespaços {0} e E são invariantes por qualquer<br />

operador A: E → E. O núcleo N(A) e a imagem Im(A) são também<br />

exemplos óbvios de subespaços invariantes. Um subespaço F de dimensão<br />

1 (reta passando pela origem) é invariante por A se, e somente<br />

se, existe um número λ tal que Av = λv para todo v ∈ F. [Com<br />

efeito, fixando um vetor u ≠ 0 em F, todos os demais elementos de<br />

F são da forma αu, α ∈ R. Como Au ∈ F, tem-se Au = λu. Para<br />

qualquer outro v ∈ F, vale v = αu logo Av = αAu = αλu = λαu, logo<br />

Av = λv, com o mesmo λ.] Se u,v ∈ E são linearmente independentes,<br />

o subespaço F gerado por u e v (plano contendo a origem) é invariante<br />

por A se, e somente se Au ∈ F e Av ∈ F, isto é, Au = αu+βv<br />

e Av = γu+δv.<br />

Um vetor v ≠ 0 em E chama-se um autovetor do operador<br />

A: E → E quando existe λ ∈ R tal que<br />

Av = λv.<br />

O número λ ∈ R, por sua vez, chama-se um autovalor do operador<br />

A quando existe um vetor não-nulo v ∈ E tal que Av = λv. Diz-se<br />

então que o autovalor λ corresponde, ou pertence, ao autovetor v e,<br />

vice-versa, que o autovetor v também corresponde, ou pertence, ao<br />

autovalor λ. Então, para todo w = αv, tem-se Aw = λw.

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