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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 8 A Matriz de uma Transformação <strong>Linear</strong> 85<br />

diagonal e zeros fora dela:<br />

⎡ ⎤<br />

α 0 ··· 0<br />

0 α ··· 0<br />

a = ⎢ ⎥<br />

⎣ . . . . ⎦<br />

0 0 ··· α<br />

O operador A = αI é o que se chama uma homotetia de razão α.<br />

Estes são os únicos operadores cujas matrizes independem da base<br />

dada. (Vide Exercício 8.35.)<br />

Exemplo 8.2. Seja P: E → E a projeção sobre o subespaço F 1 , paralelamente<br />

ao subespaço F 2 . Sejam ainda V 1 ⊂ F 1 e V 2 ⊂ F 2 bases<br />

quaisquer desses subespaços. Então V = V 1 ∪ V 2 é uma base de E,<br />

relativamente à qual a matriz p de P tem os k primeiros termos da<br />

diagonal iguais a 1 (k = dim F 1 ) e todos os demais termos (sobre a<br />

diagonal ou fora dela) iguais a zero. Analogamente, se S: E → E é a<br />

reflexão em torno de F 1 paralelamente a F 2 , sua matriz s na base V<br />

tem os primeirosktermos da diagonal iguais a 1, os restantes iguais<br />

a −1 e todos os termos fora da diagonal iguais a zero.<br />

A fixação das bases V ⊂ E e W ⊂ F determina portanto uma<br />

transformação<br />

ϕ: L(E;F) → M(m×n),<br />

que faz corresponder a cada A ∈ L(E;F) sua matriz a nas bases V,<br />

W. A transformação ϕ é linear, ou seja, se a, b ∈ M(m × n) são<br />

as matrizes de A,B ∈ L(E;F) respectivamente e α, β são números<br />

reais, então a matriz de A+B é a+b, a matriz de αA é αa e, mais<br />

geralmente, a matriz de αA + βB é αa + βb. Mais ainda, ϕ é um<br />

isomorfismo: a bijetividade de ϕ é assegurada pelo Teorema 4.1.<br />

Convém observar que, no caso de E = R n e F = R m , existe um<br />

par natural de bases (canônicas) nestes espaços, de modo que o isomorfismo<br />

ϕ: L(R n ;R m ) → M(m×n) pode ser definido sem depender<br />

de escolhas arbitrárias. A cada transformação linear A: R n → R m<br />

corresponde a matriz ϕ(A) = [a ij ] cujo j-ésimo vetor-coluna é A·e j =<br />

(a 1j ,...,a mj ).<br />

Em particular, a cada funcional linear f: R n → R corresponde,<br />

de modo natural, uma matriz [a 1 ,...,a n ] ∈ M(1 × n) ou, o que é<br />

o mesmo, um vetor (a 1 ,...,a n ). As correspondências entre a matriz<br />

[a 1 ,...,a n ] e o funcional f tal que f(e i ) = a i , e entre f e o vetor

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