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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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60 Núcleo e Imagem Seção 6<br />

Demonstração: Se A admite uma inversa à direita B: F → E então,<br />

para todo w ∈ F tem-se A(Bw) = w, logo w = A · v, onde v = Bw,<br />

e A é sobrejetiva. (Aqui não se usou a linearidade de A, e muito<br />

menos a finitude das dimensões de E e F.) Suponhamos, em seguida,<br />

que A seja sobrejetiva. A fim de definir uma transformação<br />

linear B: F → E com A(Bw) = w para todo w ∈ F, tomamos<br />

uma base B = {w 1 ,...,w m } ⊂ F. Como A é sobrejetiva, podemos<br />

escolher vetores v 1 ,...,v m ∈ E tais que Av 1 = w 1 ,...,Av m = w m .<br />

Pelo Teorema 4.1, existe uma transformação linear B: F → E tal que<br />

Bw 1 = v 1 ,...,Bw m = v m . Afirmamos que, para todo w ∈ F, temse<br />

A(Bw) = w. Com efeito, sendo B uma base, podemos escrever<br />

w = β 1 w 1 +···+β m w m , portanto<br />

A(Bw) = A(β 1 Bw 1 +···+β m Bw m )<br />

= A(β 1 v 1 +···+β m v m )<br />

= β 1 Av 1 +···+β m Av m<br />

= β 1 w 1 +···+β m w m = w. □<br />

Exemplo 6.3. Uma transformação linear sobrejetiva A: E → F<br />

pode admitir mais de uma inversa à direita B: F → E. Um exemplo<br />

simples é dado pela transformação linear A: R 3 → R 2 , definida<br />

por A(x,y,z) = (x,y). Fixados arbitrariamente a,b ∈ R, a<br />

transformação linear B: R 2 → R 3 , definida por B(x,y) = (x,y,ax +<br />

by), é uma inversa à direita para A. Variando os números a e b,<br />

obtemos infinitas possibilidades para B.<br />

Exemplo 6.4. Uma inversa à direita para a derivação D: P n+1 →<br />

P n é a transformação linear J: P n → P n+1 , que a cada polinômio<br />

p(x) = a o +a 1 x+···+a n x n de grau≤ n faz corresponder o polinômio<br />

Jp(x) = a o x+ a 1<br />

2 x2 +···+ a n<br />

n+1 xn+1 .<br />

O núcleo da transformação linear A: E → F é o conjunto dos vetores<br />

v ∈ E tais que Av = 0. Usaremos a notação N(A) para representar<br />

o núcleo de A. É fácil ver que N(A) é um subespaço vetorial<br />

de E.<br />

Uma transformação linear A: E → F chama-se injetiva quando<br />

v ≠ v ′ emE ⇒ Av ≠ Av ′ emF. Equivalentemente: Av = Av ′ ⇒ v = v ′ .<br />

Esta noção tem sentido para qualquer função A: E → F, seja ela

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