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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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4 Espaços Vetoriais Seção 1<br />

Variando o conjunto X, obtêm-se diversos exemplos de espaços<br />

vetoriais da forma F(X;R). Por exemplo, se X = {1,...,n} então<br />

F(X;R) = R n ; se X = N então F(X;R) = R ∞ ; se X é o produto cartesiano<br />

dos conjuntos {1,...,m} e {1,...,n} então F(X;R) = M(m×n).<br />

Outros exemplos de espaços vetoriais ocorrem como subespaços,<br />

como veremos a seguir.<br />

Valem num espaço vetorial, como conseqüências dos axiomas, as<br />

regras operacionais habitualmente usadas nas manipulações numéricas.<br />

Vejamos algumas delas.<br />

1. Se w+u = w+v então u = v. Em particular, w+u = w implica<br />

u = 0 e w+u = 0 implica u = −w.<br />

Com efeito, da igualdade w+u = w+v segue-se que<br />

u = 0+u = (−w+w)+u<br />

= −w+(w+u)<br />

= −w+(w+v)<br />

= (−w+w)+v<br />

= 0+v = v.<br />

Em particular, w + u = w implica w + u = w + 0, logo u = 0. E se<br />

w+u = 0 então w+u = w+(−w) logo u = −w.<br />

2. Dados 0 ∈ R e v ∈ E tem-se 0 · v = 0 ∈ E. Analogamente, dados<br />

α ∈ R e 0 ∈ E, vale α·0 = 0.<br />

Com efeito, v+0·v = 1·v+0·v = (1+0)·v = 1·v = v, logo0·v = 0<br />

como vimos acima. De modo análogo, comoα·0+α·0 = α·(0+0) = α·0,<br />

segue-se de 1) que α·0 = 0.<br />

3. Se α ≠ 0 e v ≠ 0 então α·v ≠ 0.<br />

Com efeito, se fosse α · v = 0 então v = 1 · v = (α −1 · α)v =<br />

α −1 ·(αv) = α −1 ·0 = 0, isto é, teríamos v = 0.<br />

4. (−1)·v = −v.<br />

Com efeito,<br />

v+(−1)·v = 1·v+(−1)·v = (1+(−1))·v = 0·v = 0,<br />

logo (−1)v = −v, pela regra 1.<br />

No que se segue, escreveremos u − v para significar u + (−v).<br />

Evidentemente,<br />

u−v = w ⇔ u = v+w.

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