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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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134 A Adjunta Seção 11<br />

acima mencionado.) Obtém-se um isomorfismo A: E → E ∗ impondo<br />

que Av i = v ∗ i<br />

(i = 1,...,n).<br />

Uma desvantagem dos isomorfismos entre E e E ∗ obtidos mediante<br />

o emprego de uma base é que eles não são intrínsecos: dado um<br />

vetor v ∈ E, o funcional v ∗ ∈ E ∗ que a ele corresponde depende não<br />

apenas de v mas também da base de E que se tomou. Esta dificuldade,<br />

entretanto, desaparece quando E está munido de um produto<br />

interno, como veremos agora.<br />

Seja E um espaço vetorial de dimensão finita, dotado de um produto<br />

interno. Definimos uma transformação linear ξ: E → E ∗ fazendo<br />

corresponder a cada vetor v ∈ E o funcional linear ξ · v = v ∗ ,<br />

tal que v ∗ (w) = 〈w,v〉 para todo w ∈ E.<br />

A verificação da linearidade de ξ é imediata: se u,v ∈ E, como<br />

(u+v) ∗ (w) = 〈w,u+v〉 = 〈w,u〉+〈w,v〉<br />

= u ∗ (w)+v ∗ (w)<br />

= [u ∗ +v ∗ ](w)<br />

para todo w ∈ E, temos (u + v) ∗ = u ∗ + v ∗ . Analogamente, (αv) ∗ =<br />

α·v ∗ .<br />

Além disso, ξ é injetiva. Com efeito, dado v ∈ E, se v ∗ = 0 então,<br />

para todo w ∈ E tem-se<br />

〈w,v〉 = v ∗ (w) = 0(w) = 0.<br />

Em particular, 〈v,v〉 = 0, logo v = 0.<br />

Finalmente, ξ: E → E ∗ é sobrejetiva pois é injetiva e os espaços<br />

E, E ∗ têm, como vimos, a mesma dimensão.<br />

Assim, podemos enunciar o<br />

Teorema 11.1. Seja E um espaço vetorial de dimensão finita, com<br />

produto interno. A correspondência ξ: E → E ∗ que associa a cada<br />

v ∈ E o funcional linear ξ(v) = v ∗ , tal que v ∗ (w) = 〈w,v〉 para todo<br />

w ∈ E, é um isomorfismo.<br />

O teorema acima será usado principalmente na medida em que<br />

assegura a existência de ξ −1 . Mais explicitamente: a todo funcional<br />

linear f: E → R corresponde um único vetor v = v f ∈ E tal que<br />

〈w,v〉 = f(w) para todo w ∈ E. Um tanto informalmente: para se<br />

conhecer um vetor v ∈ E basta que se conheça o produto interno de

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