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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 22 Equações a Diferenças Finitas 301<br />

Teorema 6.4, a solução geral da equação Ax = ^b é a soma de um<br />

elemento qualquer do núcleo de A (solução geral da equação homogêneaAx=0)<br />

com uma solução particular da equaçãoAx=^b dada.<br />

Para obter uma dessas soluções particulares, tentamos a solução<br />

constante ^c = (c,c,...). O número c deve cumprir c = ac+b, isto é,<br />

(1−a)c = b. Como no caso a = 1 já foi visto no Exemplo 22.1, supomos<br />

aqui a ≠ 1 e obtemos c = (1−a) −1 .b. Por sua vez, a solução geral<br />

de Ax = 0 (equação equivalente a x k+1 = ax k ) é uma progressão<br />

geométrica (p,ap,a 2 p,...) cujo primeiro termo p é arbitrário. Assim,<br />

a solução geral da equação x k+1 = ax k + b, para a ≠ 1, é dada<br />

por x k = a k .p + (1 − a) −1 .b. Note que x o = p + (1 − a) −1 .b, donde<br />

p = x o −(1−a) −1 .b e, por substituição, vem:<br />

x k = a k .x o −a k (1−a) −1 .b+(1−a) −1 b = a k x o + 1−ak<br />

1−a ·b,<br />

reobtendo o resultado do Exemplo 22.3.<br />

22.A. Sistemas <strong>Linear</strong>es<br />

Generalizando o Exemplo 22.2, podemos considerar, num espaço vetorial<br />

E, um operador linear A: E → E e procurar uma seqüência de<br />

vetores v k ∈ E tais que<br />

v k+1 = A.v k (k = 0,1,2,...).<br />

Isto se chama um sistema linear homogêneo de primeira ordem,<br />

de equações a diferenças finitas com coeficientes constantes.<br />

Evidentemente, dado arbitrariamente um vetor inicial v o ∈ E,<br />

existe uma única seqüência (v o ,v 1 ,...,v k ,...) de vetores em E, começando<br />

com v o e cumprindo a condição v k+1 = Av k para todo k ≥ 0.<br />

Basta tomar v k = A k .v o .<br />

O problema prático de resolver o sistema v k+1 = Av k reduz-se<br />

portanto ao cálculo das potências sucessivas A k do operador A. Em<br />

geral, isto não é uma tarefa simples. Há, entretanto, casos particulares<br />

em que ela é factível. Por exemplo, se existir uma base<br />

U ⊂ E formada por autovetores de A (o que se dá quando dim E = n<br />

e o polinômio característico de A tem n raízes reais distintas, ou<br />

então quando A é auto-adjunto), o vetor inicial v o exprime-se como<br />

combinação linear<br />

v o = x 1 u 1 +···+x n u n

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