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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 5 Produto de Transformações <strong>Linear</strong>es 53<br />

Exemplo 5.3. SejaP: R 2 → R 2 a projeção ortogonal sobre uma certa<br />

reta r. Para todo v sobre a reta r, tem-se Pv = v. Assim, para qualquerv<br />

∈ R 2 , tem-sePPv = Pv, poisPv está sobrer. Noutras palavras,<br />

vale PP = P, ou seja PP = PI, embora P ≠ I. Assim, não é permitido<br />

cortar o fator P à esquerda em ambos os membros da igualdade<br />

PP = PI. Segue-se que não existe Q ∈ L(R 2 ) tal que QP = I.<br />

Com efeito, se um tal operador Q existisse, de PP = P concluiríamos<br />

QPP = QP, isto é, IP = I, donde P = I.<br />

Exemplo 5.4. Sejam P,Q: R 2 → R 2 projeções ortogonais sobre duas<br />

retas do plano, uma das quais é perpendicular à outra. Todo vetor<br />

v ∈ R 2 é a diagonal de um retângulo que tem Pv e Qv como lados.<br />

(Veja Fig. 5.1.)<br />

v<br />

Qv<br />

Pv<br />

Figura 5.1.<br />

Segue-se então quev = Pv+Qv para todov ∈ R 2 , ou seja,P+Q = I<br />

e Q = I−P. Portanto PQ = P(I−P) = P −P 2 = P −P = 0. Obtemos<br />

assim dois operadores não-nulosP,QcomPQ = 0. É possível mesmo<br />

que um operador não-nulo A ∈ L(R 2 ) cumpra A 2 = 0. Basta pôr<br />

A(x,y) = (x−y,x−y).<br />

Um operador A chama-se nilpotente quando, para algum n ∈ N,<br />

tem-se A n = 0. Um exemplo significativo de operador nilpotente é a<br />

derivação D: P n → P n . Para todo polinômio p de grau ≤ n tem-se<br />

D n+1 p = 0, logo D n+1 = 0.<br />

Exemplo 5.5. Se R α ,R β : R 2 → R 2 são rotações em torno da origem<br />

com ângulos α e β respectivamente, então R α ·R β = R α+β . (Isto pode

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