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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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290 Espaços Vetoriais Complexos Seção 21<br />

Demonstração: Seja a ∈ M(n×n) a matriz de A relativamente a<br />

uma certa base de E. Então p a (a) = 0. Como p a (a) é a matriz do<br />

operador p A (A) nessa mesma base, segue-se que p A (A) = 0.<br />

Continuemos apresentando conseqüências do Teorema 21.3.<br />

Sejam a = [a kj ], b = [b kj ] matrizes n×n triangulares superiores,<br />

de modo que a kj = b kj = 0 se k > j. O j-ésimo elemento da diagonal<br />

do produto ab é(ab) jj = ∑ a jr b rj = a jj b jj poisa jr = 0 sej > r eb rj = 0<br />

r<br />

se j < r. Segue-se imediatamente que os elementos da diagonal de<br />

a m têm a formaa m jj<br />

. Daí resulta, mais geralmente, sep(λ) é qualquer<br />

polinômio entãop(a) é uma matriz triangular superior cuja diagonal<br />

é formada pelos números p(a jj ), onde a jj percorre a diagonal de a.<br />

Se A: E → E é um operador C-linear, suas raízes características,<br />

ou seja, seus autovalores, são (contando multiplicidades) os elementos<br />

da diagonal de uma matriz triangular que representa A relativamente<br />

a uma base conveniente de E. Segue-se do que foi dito<br />

acima que, se p(λ) é qualquer polinômio, os autovalores do operador<br />

p(A), incluindo suas multiplicidades algébricas, são os números<br />

p(λ j ), onde λ 1 ,...,λ n são os autovalores de A.<br />

Um caso particular interessante é o de um operador nilpotente<br />

A: E → E. Isto significa, como se sabe, que existe um inteiro m > 0<br />

tal queA m = 0. Neste caso, sen = dim E afirmamos que o polinômio<br />

característico de A é p A (λ) = (−1) n λ n .<br />

Consideremos inicialmente o caso em que A é C-linear. Seja U ⊂<br />

E uma base relativamente à qual a matriz a = [a kj ] do operador<br />

A é triangular superior. Os elementos a jj da diagonal de a são os<br />

autovalores de A, contados com suas multiplicidades. O polinômio<br />

característico de A é portanto<br />

p A (λ) = n Π<br />

j=1<br />

(a jj −λ).<br />

Os elementos da diagonal de a m são a m jj , j = 1,...,n. Como am = 0,<br />

segue-se que todos osa jj são nulos, logo o polinômio característico de<br />

A é p A (λ) = (−1) n λ n .<br />

Do ponto de vista matricial, podemos afirmar que se a é uma<br />

matriz n × n (real ou complexa, tanto faz) com a m = 0 para algum<br />

m inteiro > 0 então seu polinômio característico é p a (λ) = (−1) n λ n .<br />

Daí resulta que, dado o operadorR-linearA: E → E no espaço vetorial<br />

real E, com dim E = n, se tivermos A m = 0 para algum inteiro

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