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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 12 Subespaços Invariantes 147<br />

Achar um autovetor (ou, o que é equivalente, um autovalor) do<br />

operador A é, portanto, o mesmo que achar um subespaço de dimensão<br />

1 invariante por A.<br />

Analogamente, diz-se que o número real λ é um autovalor da<br />

matriz a ∈ M(n×n) quando λ é um autovalor do operador A: R n →<br />

R n , cuja matriz na base canônica é a. Isto significa que existe um<br />

vetor x ≠ 0 em R n tal que Ax = λx ou, o que é, o mesmo, uma matriz<br />

não-nula x ∈ M(n×1) tal que ax = λx.<br />

Exemplo 12.2. Uma rotação R: R 2 → R 2 em torno da origem, de<br />

ângulo diferente de 0 ◦ e 180 ◦ , não admite outros subespaços invariantes<br />

além de {0} e R 2 . Por outro lado, para todo α ∈ R, a rotação<br />

A: R 3 → R 3 de ângulo α em torno do eixo z, definida por<br />

A(x,y,z) = (x cosα−y senα,xsenα+y cosα,z),<br />

tem o eixo z e o plano z = 0 como subespaços invariantes. Para todo<br />

z ≠ 0, o vetor v = (0,0,z) é um autovetor de A, cujo autovalor correspondente<br />

é1, poisAv = v. Já no caso de uma reflexãoS: E → E em<br />

torno do subespaço F 1 , paralelamente a F 2 (vide Teorema 7.3), todo<br />

vetor não-nulo emF 1 é um autovetor deS, com autovalor 1, enquanto<br />

que os vetores não-nulos em F 2 são autovetores correspondentes ao<br />

autovalor −1. Finalmente, se o operador A tem núcleo não-trivial<br />

então todo vetor não-nulo v ∈ N(A) é um autovetor pois Av = 0·v.<br />

Exemplo 12.3. O operador A: R 2 → R 2 , definido por A(x,y) =<br />

(x+αy,y), chama-se cisalhamento. Se α ≠ 0, os únicos subespaços<br />

invariantes por A são {0}, R 2 e o eixo das abcissas. Com efeito, qualquer<br />

outro subespaço de R 2 é uma reta F, formada pelos múltiplos<br />

tv = (ta,tb) de um vetor v = (a,b), com b ≠ 0. Se t ≠ 0 tem-se tv ∈ F<br />

mas A(tv) = (ta+αtb,tb) = tv+(αtb,0) /∈ F logo F não é invariante<br />

por A.<br />

Dados o polinômio p(x) = a 0 + a 1 x + ··· + a n x n e o operador<br />

A: E → E, a notação p(A) indica o operador<br />

p(A) = a 0 I+a 1 A+···+a n A n .<br />

Lema. Para todo operador linear A: E → E, num espaço vetorial de<br />

dimensão finita, existem um polinômio mônico irredutível p, de grau<br />

1 ou 2, e um vetor não-nulo v ∈ E, tais que p(A)·v = 0.

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