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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 21 Espaços Vetoriais Complexos 281<br />

neles definidas serão chamadas R-lineares. Analogamente, as matrizes<br />

até agora consideradas chamar-se-ão matrizes reais. A razão<br />

para essa qualificação é que introduziremos aqui os espaços vetoriais<br />

complexos.<br />

Um espaço vetorial complexo é um conjunto E, cujos elementos<br />

são chamados vetores, no qual estão definidas duas operações: a<br />

adição, que faz corresponder a cada par de vetores u,v ∈ E um vetor<br />

u + v, chamado a soma de u e v, e a multiplicação por um número<br />

complexo, que a cada número complexoζeacada vetorv ∈ E faz corresponder<br />

um vetor ζ·v = ζv, chamado o produto de ζ por v. Essas<br />

operações devem cumprir as mesmas condições impostas na Seção 1<br />

para os espaços vetoriais reais. Em particular, se v ∈ E e ζ = α+iβ<br />

então ζv = αv+iβv = αv+β(iv).<br />

Exemplo 21.1. O conjunto C n de todas as listas u = (ξ 1 ,...,ξ n ),<br />

v = (ζ 1 ,...,ζ n ) de n números complexos, com as definições u + v =<br />

(ξ 1 +ζ 1 ,...,ξ n +ζ n ), ζ·u = (ζ·ξ 1 ,...,ζ·ξ n ), é um espaço vetorial<br />

complexo. Também o conjunto F(X;C) de todas as funções f: X → C,<br />

definidas num conjunto arbitrário X, com valores complexos, é um<br />

espaço vetorial complexo quando munido das definições óbvias para<br />

f+g e ζ·f. O conjunto M(m×n;C) das matrizes complexas m×n<br />

também é um espaço vetorial complexo.<br />

As definições de dependência linear, geradores, subespaço, base,<br />

dimensão, etc. se fazem para os espaços vetoriais complexos da<br />

mesma maneira como foram feitas para os reais. Na realidade, tudo<br />

o que foi dito e demonstrado nas Seções 1 a 9 vale para espaços vetoriais<br />

complexos e as transformações lineares entre eles, as quais<br />

chamaremos C-lineares.<br />

Às vezes, uma base do espaço vetorial complexo E será chamada<br />

uma C-base.<br />

Um espaço vetorial complexo E pode, de modo natural, ser considerado<br />

como um espaço vetorial real: basta que se considere apenas<br />

a multiplicação dos vetores de E por números reais. Analogamente,<br />

toda transformação C-linear A: E → F entre espaços vetoriais complexos<br />

é, a fortiori, R-linear. Quando for conveniente, usaremos a<br />

notação A r : E → F para indicar essa transformação R-linear, que se<br />

chama a descomplexificada de A.<br />

Exemplo 21.2. O conjunto C dos números complexos é um espaço<br />

vetorial complexo de dimensão 1, logo todo número complexo

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