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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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Seção 18 Formas Quadráticas 229<br />

Se b = [b ij ] é a matriz da forma bilinear b na base U =<br />

{u 1 ,...,u m } ⊂ E então, para v = Σx i u i , tem-se<br />

ϕ(v) =<br />

m∑<br />

b ij x i x j .<br />

i,j=1<br />

Note que, sendo b uma matriz simétrica (como sempre suporemos<br />

quando tratarmos de formas quadráticas), cada parcela com<br />

i ≠ j aparece duas vezes na soma acima: uma vez como b ij x i x j e<br />

outra vez como b ji x j x i , o que é o mesmo.<br />

A matriz da forma quadrática ϕ na base U é, por definição, a<br />

matriz b, nesta mesma base, da forma bilinear b tal que ϕ(v) =<br />

b(v,v). Se a matriz de passagem p levar a base U na base U ′ , a<br />

matriz b ′ da forma quadráticaϕna baseU ′ será dada por b ′ = p T bp.<br />

Note que se E possuir produto interno e as bases U, U ′ forem ambas<br />

ortonormais, a matriz p será ortogonal, logo p T = p −1 . Então<br />

b ′ = p −1 bp. Isto confirma o que foi visto no Teorema 18.1: relativamente<br />

a bases ortonormais a matriz da forma bilinear b coincide<br />

com a do operador B, que lhe corresponde de maneira intrínseca.<br />

Teorema 18.3. SejaEum espaço vetorial de dimensão finita munido<br />

de produto interno. Dada uma forma bilinear simétricab: E×E → R,<br />

existe uma base ortonormal U = {u 1 ,...,u m } ⊂ E tal que b(u i ,u j ) = 0<br />

se i ≠ j.<br />

Demonstração: Pelo Teorema 18.2, existe um operador auto-adjunto<br />

B: E → E tal que b(u,v) = 〈u,Bv〉 para quaisquer u,v ∈ E. O<br />

Teorema Espectral assegura a existência de uma base ortonormal<br />

U = {u 1 ,...,u m } ⊂ E tal que Bu i = λ i u i (i = 1,...,m). Então<br />

i ≠ j ⇒ b(u i ,u j ) = 〈u i ,Bu j 〉 = 〈u i ,λ j u j 〉 = λ j 〈u i ,u j 〉 = 0.<br />

O teorema acima é a versão, para formas bilineares, do Teorema<br />

Espectral. Por sua vez a versão matricial do Teorema 18.3 é a seguinte:<br />

para toda matriz simétrica b = [b ij ] ∈ M(m×m), existe uma<br />

matriz ortogonal p ∈ M(m×m) tal que p T bp = p −1 bp é uma matriz<br />

diagonal. A diagonal de d = p T bp é formada pelos autovalores de<br />

b, os quais se dizem também autovalores da forma bilinear b e da<br />

forma quadrática ϕ(v) = b(v,v).

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